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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Não há grades que prendam Quem descobriu Que é livre!

Prisões inúteis
Explosão, movimento, grito

Espanto, espasmo, desencanto,
Nervo exposto na rua desperta
Multidão caminha inquieta.

Mil rostos, mil punhos erguidos
Bandeiras lhes dão abrigo
Faixas, ditos e gritos
Falam por mil vozes.

A policia infiltra, ataca
Persegue, espanca, mata
As cadeias se abrem
As portas se fecham

É preciso ferver a água
Para matar o peixe
Na água massa incontida
São jogadas as redes
Pesca funesta, caça
Camburões, delegacia
Galés modernas
Novos navios negreiros.
Meus irmãos estão presos
Muitos já estavam lá
Porões onde escondem
Os restos de minha classe.

Os verdadeiros criminosos
Estão no governo dando ordens
A criminosos fardados
Que garantem a ordem.

O rio rua transborda
Arrasta as margens que o oprimem
As portas se abrem
As cadeias se fecham

É inútil.
Não há grades que prendam
Quem descobriu
Que é livre!

Mauro Iasi 
outubro de 2013

Pela imediata libertação dos 
militantes presos nas manifestações!

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