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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Os Pesos de um Comunista

A gravidade é a força de atração que existem entre as partículas de massas. Todos somos partículas de uma grande massa, a favela é a grande massa e a força da gravidade trata de agir para garantir que ela pese sobre as elites que criaram os morros, que jogaram os pretos e os pobres para cima, mas eles não flutuam no ar, voltam para o chão e estremecem-no. 

Ação e reação, a terceira lei de Newton. A prova está ai, em preto, apenas preto, sujeitos aos caprichos dos opressores, mas que refletem por um espelho a força que imprimem sobre si.

Os gritos ecoam e circundam para todos os lados, gritos de dor, gritos operários, explorados, marcados como o admirável gado novo, mas que já não estão dispostos a aguentar as chicotadas pelas doses diárias de soma, de TV globo, medidas paliativas, de promessas ilusórias.

Aqueles que ignoram utopias, que desfazem da humanidade, são os que temem o acirramento entre as classes. Desacreditar em uma revolução do povo é fundamentar o imperialismo, livre mercado e todas as ferramentas de desigualdades entre diferenças.

E sofrem, morrem, vivem em uma busca incessante por uma vida mais justa, por um tempo para viver, sem a preocupação de não ter comida na mesa, de um lugar para dormir, de educar seus filhos, de viver enquanto homens livres das amarras do capital.

Por um mundo sem dinheiro, sem hierarquias entre classes, sem mandos, nem desmandos, por fugir das distopias, pois o pessimismo nos aproxima das trevas, mas a vontade de mudar é o que nos impulsionam para o cume. Isso é ser comunista, um homem coletivo, que como diria Chico Science: “Sente a necessidade de lutar”.

- Patrício Freitas

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