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terça-feira, 27 de maio de 2014

O que falta para a gente se organizar?

É a hora, é agora..
É apelo, é unido..
É urgente.. é preciso..
Criar o poder popular!

Tocam exército e polícia militar
as canções da ordem burguesa
Longe dos ricos condomínios
Atuam como grupos de extermínio

Porque“país rico é país sem pobreza”
Escondem rápido a sujeira que restar
Clínica, cela, delegacia, corró..

Guerra declarada, morte, pancada,
É só pobre sofrendo nas mãos
Desses cães viciados em pó

É a hora, é agora..
É apelo, é unido..
É urgente.. é preciso..
Criar o poder popular!

Existe mais guerra na paz do pobre
Do que se pode imaginar gritar
Segura a mão do senhor torturador
Esse corpo tão calejado de dor
Não suporta mais apanhar

É a hora, é agora..
É apelo, é unido..
É urgente.. é preciso..
Criar o poder popular!

Os anos trouxeram-nos coragem
em doses amargas... malandragem
Tudo pode ser pior do que é
para quem é pobre e anda a pé

Barraco de aluguel
Condução lotada
O silêncio da noite
interrompido
pela criança baleada

É a hora,é agora..
É apelo, é unido..
É urgente.. é preciso..
Criar o poder popular!

O silêncio é mortal
Para aqueles que temem a mira,
Mas a mãe noite marginal
Deita seu imenso corpo
sobre o corpo da cria
Grito ao infinito grito
Solto, solitário,
Choro incendiário

É a hora, é agora..
É apelo, é unido..
É urgente.. é preciso..
Criar o poder popular!

Aqui, todo bandido é organizado e armado
defendem a propriedade com corpo baleado
Trabalhador pobre sem partido, sem vintém
Não ousa conspirar, grita por paz
E pede para os iguais se desarmar... Amém
Sem legítima defesa,teme pelo que não tem
O que falta para a gente se organizar?

É a hora, é agora..
É apelo, é unido..
É urgente.. é preciso..
Criar o poder popular!

Lopes Camarada

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Rap de las FARC-EP con grupo "Cuentas Claras" - Pueblo Colombiano: ¡Pa´la mesa!









Los guerrilleros y guerrilleras de las FARC-EP presentamos este trabajo audiovisual llamado "Pueblo colombiano pa'la mesa".

En este video, hemos tratado de reflejar la difícil situación que vive el campesinado colombiano, del que muchos de nuestros integrantes formaban parte antes de ingresar en las filas de las FARC-EP. Historias como la del comandante guerrillero Miguel Pascuas, protagonista de este video, hay miles.

Nuestros campesinos son perseguidos, estigmatizados, desplazados; sus tierras fumigadas. Y cuando deciden ingresar en la guerrilla, porque el Estado no les ofrece otra opción de vida, son criminalizados y se ofrece una recompensa por sus cabezas.

Sus historias y sufrimientos también hacen parte de la verdad histórica sobre el grave conflicto social y armado que vive nuestro país. Sus razones de luchar, individuales inicialmente pero luego multiplicadas y colectivizadas, son las mismas causas que han originado este conflicto. Tristemente, la realidad de la Colombia siglo XXI desmiente el mito inculcado de que las causas objetivas que quizás hayan existido al inicio ya no existen. Es que abundan. Se reflejan en la ignorancia, en el hambre y en la exclusión.

Miguel Pascuas hizo parte del grupo de 48 recios campesinos que fundaron las FARC-EP, en Marquetalia, Sur del Tolima (Colombia). Junto con Manuel Marulanda Vélez, Jacobo Prías Alape, Jacobo Arenas y otros valientes compañeros, resistieron un gigantesco operativo militar de 16.000 soldados, dirigido desde el Pentágono.

Así se fueron organizando, primero como autodefensa, y luego como movimiento guerrillero con un proyecto estratégico para la toma del poder para el pueblo, por la vía política de las alianzas o por la vía militar... Leer más: http://pazfarc-ep.org/index.php/artic...

Escucha en mp3 y descarga: https://soundcloud.com/rap-cuentas-cl...
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sexta-feira, 9 de maio de 2014

"Com o russo em Berlim"

O Brasil é o único país da América do Sul que participou da Segunda Guerra Mundial. A Força Expedicionária Brasileira, a FEB, lutava na Itália. O slogan “A cobra está fumando” foi adotado pela FEB em alusão ao que se dizia na época que era “mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra”. Então, a cobra fumou. A FEB conseguiu vitórias importantes, tomando cidades e regiões estratégicas, como o Monte Castelo, Turim, Montese e outras. Mais de 14 mil alemães renderam-se aos brasileiros.

Caros amigos! Hoje é uma data muito especial para todos os russos, para todos os povos do mundo. É o dia da vitória sobre o nazismo, ou, como dizemos na Rússia: “o dia da alegria com lágrimas nos olhos”.
Lágrimas causadas pela dor de enormes e insubstituíveis perdas da URSS naquela Guerra. Mas graças aos heróicos esforços do povo inteiro a vitória foi alcançada. O grande poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade dedicou um dos seus belíssimos poemas à derrota dos nazistas, à vitória da vida sobre a morte, à vitória em que o papel dos soldados soviéticos é sem par. Eis, o seu maravilhoso poema:
Esperei (tanta espera), mas agora,
nem cansaço nem dor. Estou tranquilo,
Um dia chegarei, ponta de lança,
com o russo em Berlim.
O tempo que esperei não foi em vão.
Na rua, no telhado. Espera em casa.
No curral; na oficina: um dia entrar
com o russo em Berlim.
Minha boca fechada se crispava.
Ai tempo de ódio e mãos descompassadas.
Como lutar, sem armas, penetrando
com o russo em Berlim?
Só palavras a dar, só pensamentos
ou nem isso: calados num café,
graves, lendo o jornal. Oh, tão melhor
com o russo em Berlim.
Pois também a palavra era proibida.
As bocas não diziam. Só os olhos
no retrato, no mapa. Só os olhos
com o russo em Berlim.
Eu esperei com esperança fria,
calei meu sentimento e ele ressurge
pisado de cavalos e de rádios
com o russo em Berlim.
Eu esperei na China e em todo canto,
em Paris, em Tobruc e nas Ardenas
para chegar, de um ponto em Stalingrado,
com o russo em Berlim.
Cidades que perdi, horas queimando
na pele e na visão: meus homens mortos,
colheita devastada, que ressurge
com o russo em Berlim.
O campo, o campo, sobretudo o campo
espalhado no mundo: prisioneiros
entre cordas e moscas; desfazendo-se
com o russo em Berlim.
Nas camadas marítimas, os peixes
me devorando; e a carga se perdendo,
a carga mais preciosa: para entrar
com o russo em Berlim.
Essa batalha no ar, que me traspassa
(mas estou no cinema,e tão pequeno
e volto triste à casa; por que não
com o russo em Berlim?).
Muitos de mim saíram pelo mar.
Em mim o que é melhor está lutando.
Possa também chegar, recompensado,
com o russo em Berlim.
Mas que não pare aí. Não chega o termo.
Um vento varre o mundo, varre a vida.
Este vento que passa, irretratável,
com o russo em Berlim.
Olha a esperança à frente dos exércitos,
olha a certeza. Nunca assim tão forte.
Nós que tanto esperamos, nós a temos
com o russo em Berlim.
Uma cidade existe poderosa
a conquistar. E não cairá tão cedo.
Colar de chamas forma-se a enlaçá-la,
com o russo em Berlim.
Uma cidade atroz, ventre metálico
pernas de escravos, boca de negócio,
ajuntamento estúpido, já treme
com o russo em Berlim.
Esta cidade oculta em mil cidades,
trabalhadores do mundo, reuni-vos
para esmagá-la, vós que penetrais
com o russo em Berlim.
Este poema de Carlos Drummond de Andrade entrou no livro A Rosa do Povo que contém vários poemas sobre “acontecimentos” da Segunda Guerra Mundial.
A guerra mobilizou poetas em todo mundo e virou música.
Fora do Brasil, o poeta britânico Wystan Hugh Auden ainda em 1º de setembro de 1939 reagiu à invasão da Polônia pelos nazistas. O chileno Pablo Neruda criou o Novo Canto de Amor a Stalingrado.
Na Rússia conhecemos sentenas de excelentes poetas cujas poesias foram dedicadas a longos anos de sofrimentos na Guerra: são poesias heróicas, patrióticas, líricas. E não há de admirar, pois a Guerra foi vencida com esforços, sofrimentos e perdas de todo o povo sociético que perdeu naquela guerra 27 milhões dos seus filhos.
O Brasil é o único país da América do Sul que participou da Segunda Guerra Mundial. A Força Expedicionária Brasileira, a FEB, lutava na Itália. O slogan “A cobra está fumando” foi adotado pela FEB em alusão ao que se dizia na época que era “mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra”. Então, a cobra fumou. A FEB conseguiu vitórias importantes, tomando cidades e regiões estratégicas, como o Monte Castelo, Turim, Montese e outras. Mais de 14 mil alemães renderam-se aos brasileiros.
O poeta Guilherme de Almeida é o autor da letra da famosa Canção do Expedicionário, que se tornou o hino da FEB. Felicitamos a todos com a festa da Grande Vitória e nesta ocasião apresentamos um fragmento do hino da FEB em homenagem a os vencedores na Segunda Guerra Mundial!

Leia mais e ouça a poesia: http://portuguese.ruvr.ru/radio_broadcast/77226473/112761513/