Páginas

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Praia Brava - O final do Vale

       Há muito tempo atrás, no longínquo final do século XX, vislumbrou-se a Praia Brava como o cenário ideal de ambiente preservado. Ao mesmo tempo, tornou-se questão de status frequentar aquele pedaço de paraíso, atraindo os olhares de todo o mundo, que aproveitaram suas areias limpas e águas puras para definir um modo de vida agitado dia e noite, com festas regadas a música eletrônica.
      O progresso chegou como uma moto serra sem botão de desligar, e foi deixando para o lado todo o interesse em se viver numa região que tem plena consciência ecológica. E lá, no final do século 20, foi-se a esperança de manter um dos mais sensíveis e preservados ecossistemas do vale do Itajaí inalterado.
    A porta do vale para espécies e o último resquício da ligação do interior ao mar pela natureza sofre mudanças abruptas dia após dia. Recebi o depoimento de um amigo que há seis anos não frequentava a praia, e o mesmo me disse: Essa não é a Brava que eu conheço.
   Pois bem, nem eu. Porém o progresso tem seus descréditos e a região que já sofre em uma conturbação emergente avançou para a brava e seus dias de praia nativa estão contados. Resta agora saber até quando a natureza irá sobreviver, a água permanecerá limpa, as areias e as dunas intocadas e o sossego noturno de quem vive próximo a natureza pode desfrutar.

Moacir Veiga Kienast – Frequentador da Praia Brava, Bodyboarder, Ambientalista e Funcionário Público itajaiense.

Nenhum comentário:

Postar um comentário