Em reportagem no domingo dia
23 de fevereiro de 2014, o programa fantástico da TV Globo falou
sobre a nova classe média brasileira como meio de integração a
capitalismo brasileiro onde reportagens como estas procuram convencer
a opinião pública que existe uma paz social nas comunidades pobres
como: favelas, bairros proletários e periferias onde residem pessoas
de baixa renda.
Reportagens como estas não
novidades! Com estas reportagens estão buscando convencer os mais
pobres a aceitar passivamente as injustiças do sistema capitalista e
a ausência de serviços públicos por parte do Estado burguês que
quando aparece nestas comunidades é através da presença do agente
de repressão representado pelas polícias quando invadem estas
comunidades. O que estas reportagens escondem e não mostra é que
vivemos em uma sociedades que existe uma segregação social, onde os
ditos moradores oriundos das favelas e áreas proletárias não são
bem vindos nas areias da praias frequentadas pelas camada mais
privilegiadas isto ocorre nas praias de São Paulo, Rio de janeiro e
outras regiões. Como reflexo disso acontecem as divisões, os
conflitos, os arrastões e os rolezinhos.
Programas e reportagens
como: Fantástico, Domingo Legal, Caldeirão do Huck e outros,
procuram manipular e estigmatizar os mais pobres onde se aproveitam
das necessidades e desespero das pessoas usando as migalhas do
capitalismo, como: Dar uma passagem para um nordestino que mora em
São Paulo visitar o Nordeste, liberar recursos para a reforma de uma
casa, reforma de automóvel velho e etc. O que estes programas não
explicam é que as pessoas se encontram nesta situação por culpa do
capitalismo. Todos esses programas buscam desviar as massas de uma
possível tomada de consciência dos problemas e da falta de
infra-estrutura em comunidades de baixa renda, historicamente gerada
pela forma de organização da sociedade capitalista.
Além de todo aparato
ideológico nas mãos, certos programas de TV como o “Esquenta”
na Rede Globo se utiliza de prestígio e popularidade de artistas que
não buscam remar contra a ordem estabelecida fazendo o papel de
apenas vendedor de mercadoria se mediocrizando e aceitando fazer o
papel de idiota perante as câmeras. Hoje as obras de artes e as
manifestações culturais não são para refletir elas buscam apenas
entreter e diluir os problemas sociais cotidianos vividos pelas
massas trabalhadoras.
Músicas
como o “Rap da Felicidade”, as músicas de funk que fazem
apologia ao crime não tem nada de revolucionário. Estes tipos de
manifestações buscam apenas confinar os mais pobres ao consumismo
alienado, a naturalização dos problemas fazendo com que todos
procurem se adaptar a ordem burguesa confinado em seu próprio lugar
para não incomodar o sono da burguesia declarando guerra ao
capitalismo.
Artistas, músicos,
entidades como: A Cufa, Afroregee se somam aos aparatos ideológicos
da burguesia para promover a alienação e a despolitização dos
problemas gerados pelo capitalismo. É claro que não devemos
descriminar os gêneros populares como o que todos convencionaram
chamar de Funk, porém “Popular não é popularesco”,
devemos manter em alerta nosso senso crítico para entender que à
por parte da indústria cultural um processo de empobrecimento das
manifestações artísticas e culturais para superar este impasse.
devemos lutar pela democratização do acesso a cultura criando
condições para que as grandes massas possam ter acesso a uma ampla
política cultural voltada as reais necessidades espirituais das
amplas massas populares, onde a cultura possa levar as massas a
refletir sobre a realidade em que vive.
Ao contrário do que pensam
certos programas ninguém nasceu para viver amontoado como tentam nos
convencer os programas alienantes das redes de televisão a serviço
da burguesia, devemos lutar para que o poder público ao invés de
dar recursos públicos para grandes empresários passe a investir em
políticas habitacionais para que possa retirar as pessoas das áreas
de riscos para que eles possam morar com dignidade em cidades e
bairros com infla-estrutura onde todos possam ser feliz, onde os
trabalhadores através do “Poder Popular” possa construir
estas cidades organizada segundo seus interesses em oposição a
ordem capitalista.
Que no lugar deste País há
de nascer um Brasil Socialista
José Renato André
Rodrigues
Professor de Filosofia
Comitê Central do PCB
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