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terça-feira, 19 de março de 2013

Da Fazenda à Brava


Este desentendimento astral que move a humanidade sob a harmonia cíclica,
Vence-se à luz do sol para se decifrar algo inócuo, um corpo para um sentido,
Uma matéria para aquilo que se conceituará, uma forma ao espírito.

D
O
R
S
O

à luz do sol, no costão, o lagarto lagarteia, sob a serenidade de ter na sua cabecinha as coisas em ordem, desfrutando da paz naquilo que sempre existiu.
Sabedoria, plena e exposta, anunciando o fácil exemplo a ser seguido.

A
  N
    D
      A
        R

sob às ondas encostadas num molhe muito louco,
que se arrastam pelo muro e pés de galinhas gigantes que dividem o rio do mar,
que oficialmente permite a entrada e saída de mercadorias, e
num detalhe, numa distração, num aproveitamento,
diverte-se a tribo regionalista sob a condução da planta emacumbada,
a prancha desenhada e a gargalhada, como a de um lagarto que lagarteia, à luz do sol.

        O
      U
    V
  I
R

e temer o silêncio que atrai ao ventre da caverna, o úmido do seu ar,
como se estivesse fecundando um monstro, um mamífero de asas,
que tanto assombrou as noites dos anjos do augusto,
e viverá nas custas de nossos medos, renascendo aos nossos sustos.

G
  A
L
  A
N
  T
E
  I
A

lua cheia e tremenda, sob a estática e morta água do saco da fazenda.
Giordano Zaguini Furtado é poeta a advogado em Itajaí contato: giordanozf@hotmail.com


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