Meus olhos são pequenos para ver
Os dedos torcidos e as
mãos espalmadas
Da criança palestina
que se erguem
Em busca de proteção
Meus olhos são
pequenos para ver
A lágrima ácida da
mãe que se afoga
Em soluços mudos,
arrasada
Com seu filho-
invúlocro nos braços
Meus olhos são
pequenos para ver
O Ipod do soldado
sionista
Que toca sem parar a
mesma canção
Tiro após tiro, morte
após morte
Meus olhos são
pequenos para ver
A língua do porta-voz
eugenista
Que brilha sombria
Coberta de mentiras
Meus olhos são
pequenos para ver
Os pequenos sapatinhos
Que nunca mais irão
calçar ninguém
Pequenas lápides de
borracha e couro
Daniel Oliveira
Dedicado a CDA
Agosto/2014
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