Nas
palafitas do recife,
No sertão sem mundo
entre casas de pau-a-pique
e sonhos secos.
Noticias de muito longe,
chegam a galope,
rasgando o véu daquela quarta
feira qualquer.
O coroné morreu, o coroné morreu, o coroné morreu
Queria ser grande, dizia uns
Voar alto, falava-se pelas ruas do sul
O coroné morreu,
O coroné morreu,
O coroné morreu,
Entre becos e vielas,
nas masmorras do abandono,
onde coroné não era
mais que um nome.
O que era tido por gentalha
não mais se amedrontou.
Queremos comer.
Queremos comer,
queremos comer.
E naquela noite,
e pela madrugada a dentro,
servido sem mesa,
comido com
as mãos...
Todos queriam um pedaço.
Todos querem provar churrasco,
carne queimada do garçom da burguesia.
T.Almeida
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