Vou me formatar, vou deixar de ser o kitsch, o camp, o barroco
Vou fazer cálculos de trigonometria,
Geometricamente procurar a perfeição da aparência.
Porque, meu caro, convenhamos, a miséria que há em meu rosto,
Não combina nem um pouco com a sua elegância enfadonha.
As minhas preferências em estar no meio da multidão suada, com as mãos amarradas...
Os meus grandes pés com pelos nos dedos,
E o meu nariz do Benim, tão desproporcional
A suas expectativas tão comuns...
Preciso de fato, me formatar como um pedaço de carne de porco que virou presunto da Sadia.
Nana Krishna Andrade
Nana Krishna Andrade
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