Na Colômbia cabeças rolam
Em formato de bola de futebol
Crianças e mulheres assistem
A seus pais e maridos e filhos
Macerados em sangue e bosta
Os pássaros se lamentam as mortes
Eles mesmos à surdina morrem
Porque ousaram cantar no azul
Não há palavra em língua livre
Para dizer Esta é minha casa
Se alguém dedilha folhas e colhe frutos
Sem senha ou fora do horário
Coturnos marcham fabricando cadáveres
Tratados de paz são assinados a bala
Com choques de tortura pela censura
Um dia uma criança viu seu pai
Cortado por lâmina de motosserra
Colombianos esperam pelo dia quando
Caminharão pelas praças, ruas e campinas
Sem a ameaça de fuzis e canhões
Jamesson Buarque
Militante do PCB em Goiás e Professor da UFG
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