Noites escuras e
prédios negros
Detritos, lixos jogados
no chão
Dormem em papelões
Nas esquinas e faróis
vendem-se
Corpos e mentes ao
sistema
A aurora se levante,
mas o dia continua cinza
Sons estridentes e
ruídos insuportáveis
Maquinas estáticas se
movem e rodam
Num baile macabro.
Portas e portões se
abrem
Fileiras e fileiras de
corpos
Vão e vem vendendo-se
nos prédios esfumaçantes
O bicho não pode parar
de consumir.
A noite retorna, as
trevas surgem mais cinzas
A mesma solidão e
porcos gritando
Batendo, Cuspindo e
vomitando
O mostro sistema ataca
e consome.
Camarada Camilo
(pseudônimo de Patrick Wallacy - PCB/Guarulhos)
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