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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Voz Camarada

Sei que minhas palavras incomodam
Sei quando me mandam calar
Sei quando me ameaçam
Sei quando me torturam

Não importa
Não me calarei

Falarei mesmo sem língua
Falarei mesmo sem dedos
Falarei mesmo sem olhos
Falarei sem braços ou pernas
Falarei mesmo sem vida

Não me importa
Não me calarei

Nunca calarão
A voz que sai da minha boca
As vezes rouca, intensa ou grave
Mas nunca vacilante
Nunca calarão essa voz
Que na verdade não é minha
É de todo humano que já foi explorado

Não importa
Não me calarei

Nunca calarão a minha voz
Que mesmo após a minha morte
Ecoará mais forte do que nunca
Através da garganta de meus camaradas
Que com certeza gritarão meu nome

Camarada Presente!!!!!

Patrick Osorio de Melo dos Santos

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