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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Martelo Palestino

O mundo perplexo assiste
Cenas na televisão
Da mais sangrenta invasão
Contra um povo que resiste
E incansável insiste
Nesta luta de rotina
Contra essa agressão cretina
De hordas imperialistas,
Caiam fora sionistas
Tirem as mãos da Palestina.


Fora os Estados Unidos
Fora os tanques de Israel,
Contra essa agressão cruel
Estaremos prevenidos,
Nessa inseridos,
Lutando como felinos
Cantaremos os seus hinos
Contra opressão do sistema,
Esse agora é nosso tema,
Somos todos palestinos.


Paiva Neves
Fortaleza, 05 de dezembro de 2012.





terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Veja o filme O Capital (Le Capital)






Filme francês dirigido por Costa Gravas.
Drama - 2012
Legenda Português-PT

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Estátuas



Abaixo o mastodonte de granito!
Força, todos juntos,
que as cordas já uivam
asfixiando como um urso
o pedestal.

Pronto! O homem de pedra
estrondeia e se estatela
no meio da praça.

Empunhemos as marretas e os
martelos!
(Foices não! Ainda uma vez não:
enfeites e armadilhas.)

Vamos, espatifem o seu olhar sereno
espicacem o seu vulto solene
sua testa larga, suas orelhas.
Desmoronem e esfrangalhem todos os
dinossauros
e suas cabeças de esclerose.

Dilacerem todas as múmias
e seus catecismos simplórios.
Profanem os altares do socialismo
científico
e todos seus lugares sagrados
pois é a hora dos iconoclastas
e o crepúsculo dos deuses.

Nos pedestais vazios
se quiserem
soergam a altiva Liberdade
com seu facho novaiorquino
e seus raios democráticos.

Sim. Façam tudo isso
mas, ao final, sepultadas as
caricaturas
ao menos por curiosidade,
abram seus livros.

Desvencilhados de monumentos
e fetiches
desacorrentem seu pensamento crítico
derrubem também as comportas
com que cercam em pântano
o fluir de sua dialética,
e a louca paixão pela humanidade.

Então outra vez
companheiro Carlos e Frederico
companheira Rosa e companheiro
Ilitch
serão vocês
perigosos
outra vez.

Humberto Bodra

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Dissidência ou a arte de dissidiar


“Há hora de somar
E hora de dividir.
Há tempo de esperar
E tempo de decidir.
Tempos de resistir.
Tempos de explodir.
Tempo de criar asas, romper as cascas
Porque é tempo de partir.
Partir partido,
Parir futuros,
Partilhar amanheceres
Há tanto tempo esquecidos.
Lá no passado tínhamos um futuro
Lá no futuro tem um presente
Pronto pra nascer
Só esperando você se decidir.
Porque são tempos de decidir,
Dissidiar, dissuadir,
Tempos de dizer
Que não são tempos de esperar
Tempos de dizer:
Não mais em nosso nome!
Se não pode se vestir com nossos sonhos
Não fale em nosso nome.
Não mais construir casas
Para que os ricos morem.
Não mais fazer o pão
Que o explorador come.
Não mais em nosso nome!
Não mais nosso suor, o teu descanso.
Não mais nosso sangue, tua vida.
Não mais nossa miséria, tua riqueza.
Tempos de dizer
Que não são tempos de calar
Diante da injustiça e da mentira.
É tempo de lutar
É tempo de festa, tempo de cantar
As velhas canções e as que ainda vamos inventar.
Tempos de criar, tempos de escolher.
Tempos de plantar os tempos que iremos colher.
É tempo de dar nome aos bois,
De levantar a cabeça
Acima da boiada,
Porque é tempo de tudo ou nada.
É tempo de rebeldia.
São tempos de rebelião.
É tempo de dissidência.
Já é tempo dos corações pularem fora do peito
Em passeata, em multidão
Porque é tempo de dissidência
É tempo de revolução”

Mauro Iasi é professor adjunto da Escola de Serviço Social da UFRJ, presidente da ADUFRJ, pesquisador do NEPEM (Núcleo de Estudos e Pesquisas Marxistas), do NEP 13 de Maio e membro do Comitê Central do PCB. É autor dos livros O dilema de Hamlet: o ser e o não ser da consciência (Boitempo, 2002) e da coletânea de poemas Meta amor fases (Editora Expressão Popular, 2008).