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quarta-feira, 29 de junho de 2011

EGITO

No fim da tarde de janeiro
o sol esconde-se, ligeiro.
Poente antecipado,
nuvens de concreto armado.
Em suave degradée,
o rosa do oeste ao norte se vê.

Em outro norte, também do sul,
o mosaico de fumaça
não respeita coordenadas geográficas.
Jovens vozes, aos gritos,
fazem-se ouvir no Egito.
Clamam e bradam, povo,
para, pelo e apesar do globo.


Daniela Versieux  (escrita em janeiro de 2011)

terça-feira, 28 de junho de 2011

CÓDIGO DE HONRA

Aos meus alunos e aos do front

Juro sobre meus joelhos doloridos
E garganta ardida
dedicação

Prometo esforço dobrado
fazer vocês
melhores do que já são.

Prometo conteúdos desveladores
Das sutilezas contidas
Em determinadas misérias humanas

Não falarei de datas
Nem dos que dão nomes as ruas e praças
E seus fatos geralmente sem graça

A história é outra.

Nela fervem anônimos atores
Sem datas
Que não constam em nominatas.

São heróis
os que cotidianamente
combatem
Na linha de frente
Em diferentes frentes
A burguesia cínica
Seus cínicos e mercenários combatentes

Ofereço
O debate franco
Problematizações
E, sem ser neutro,
Nem geógrafo:
O Norte do que acredito

A saber
A inacabada pedagogia da promoção humana
Afetivamente combinada
Com Vigotsky desejava.

O professor que lhes falou de Matrix
Das falsas aparências superestruturais
Empenha-se para entregar-lhes
A pílula avermelhada
uma segunda leitura
Rebate da realidade pasteurizada
Pela imprensa covarde
Mercantilizada

Nesta greve
Perdoem por danos causados
Não estou matando aula
Estou aprendendo com vocês

Perdoe-me Lênin
Neste momento a recusa do passo atrás
Mao é longa a marcha
E eu só preciso de uma bota de sete léguas
Retroceder agora
é abrir flanco para o retrocesso

Por isso eu lhe peço
Vamos avançar.
Se o pelotão recuar
Seguirei firme por saber que você estará comigo

Em nome da dignidade
Quero meu código de honra
Pode lançar 61


Sidney de Moura

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Onde está o bolivariano Julián Conrado?

"Desaparecido, ainda assim Julián Conrado canta e fala"

Pacto de São José 1969
A República Bolivariana da Venezuela
Como Estado, concordou:
Em nenhum caso
o extrangeiro
pode ser expulso
ou devuelto a outro país,
seja ou não de origen,
onde seu direito a vida
ou a liberdade pessoal está em risco
de violação. A causa de raça,
nacionalidade, religião, condição social
ou de suas opiniões políticas.’”
Em 1 de junho, numa operação conjunta das policías venezuelana e colombiana, foi detido ilegalmente na Venezuela, estado de Barinas, o cantor e artista revolucionário colombiano Julián Conrado. Atualmente, é desconhecido se está em curso o “procedimento legal” para sua entrega ao governo da Colombia, país no qual há 7500 (agora mais 2) presos políticos, produto da guerra civil que assola o país irmão há mais de seis décadas, os quais são violados seus direitos humanos e negado o devido processo.
É alarmante que há quase um mês de sua detenção (sequestro - desaparecimento?) e diante das numerosas solicitações internacionais de outorgar ao companheiro Julián Conrado o direito à defesa e o status de refugiado político, não exista informação clara de seu paradeiro assim como nenhum tipo de resposta oficial à respeito, além das declarações de Juan Manuel Santos [presidente da Colombia] e do subsecretário de Estado para Latinoamérica, Arturo Valenzuela, celebrando a futura entrega e a solicitação pública de extradição do governo dos Estados Unidos que resenham diversos meios de desinformação, com o futuro pagamento de dois milhões e meio de dólares a seu carrasco.
Um grupo de comunicadores populares na Venezuela, latinoamericanos e europeus, preocupados pela censura midiática imposta a outra crueldade do terrorismo imperial e frente a falta de mobilização e informação à respeito, decidimos tornar público um material inédito resgatado de nossos arquivos no qual este extraordinário artista nos deleita com o canto e expressa sua profunda e sentida palavra bolivariana, comprometida com os povos em luta. Sirva isso para reiterar nossa indignação e nosso grito de rebeldia frente esta nova infâmia, e ratificar a exigência coletiva de sua liberdade, demonstrando mais uma vez, a gravidade de seu “desaparecimento” forçado, o que significa entregá-lo às garras do império que o exige como presa natural de sua dominação, aumentando assim as inúmeras violações dos Direitos Humanos, do direito público e internacional reforçando a política sistemática imperialista de subjugação dos povos libertários e sua impunidade criminosa.
Onde está o bolivariano Julián Conrado?
Pela Libertação de Julián Conrado
COORDENADORA “QUE NÃO CALE O CANTOR”

terça-feira, 21 de junho de 2011

ESTEREÓTIPOS DA VIDA


Uns em busca da saúde,
Outros às portas da morte.
Poucos em berços de ouro,
Enquanto muitos reclamam da sorte.

As máquinas dominando o homem,
Espalhando medo, desemprego e insegurança.
A criança querendo ser jovem e adulta,
Enquanto o adulto sonha em voltar a ser criança!

A vida a mercê de segundos,
Que se traduz num mistério profundo.
Muitos em busca de trabalho,
Outros a vagar pelo mundo.

A maior certeza da vida,
Não se traduz em riquezas, impérios ou sorte.
A certeza maior da vida,
Concretiza-se no parâmetro idealístico da morte.


Poesia Classificada no VIII Concurso de Poesias VirArte
Santa Maria/ RS – 2011
candidok1917@gmail.com

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Julián Conrado y Christian Pérez, juglares bolivarianos de la revolución


ABP
2011-06-15-abpnoticias-Jesús Santrich, integrante del Estado Mayor Central de las FARC-EP - Resistencia Colombia.org- “Por muy oscura que sea la prisión, no dejará de brillar la razón”. Julián Conrado/
Qué decir de Julián Conrado, el cantor de la insurrección, que no exprese nuestra admiración y orgullo por su condición de revolucionario pleno de amor por el pueblo y la causa de la emancipación bolivariana. Ese ha sido su delito; es decir, la lucha que hoy desde el imperio y con el coro de los pusilánimes y serviles se estigmatiza con más fuerza que nunca, como terrorismo.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Carnaval 2010 “ESSE PAPO DE LEILÃO É PRIVATIZAÇÃO, O PETRÓLEO É NOSSO, NÃO ABRIMOS MÃO.”


O Petróleo é nosso
Nós vamos cantar
Buscando na história força pra lutar
 
60 anos atrás
a UJC Lutou
O petróleo é nosso
O povo conquistou
 
Êta Juventude de Luta
Sempre alerta
Há mais de oitenta anos
Lutando...
...Pelo “Proleta”
 
O Petróleo é nosso
Não abrimos mão
Esse papo de leilão
É Privatização
 
Falam em fim da história
Privatizam...
Fazem leilão...
Atacam a Petrobrás
A ofensiva dos liberais.
 
O Petróleo
Tem que ser nosso
Não faço concessão
A Campanha continua
Unificar é a solução
 
O trabalhador não pode descansar
Até no carnaval, vamos lutar.

Autores: Heitor Cesar Oliveira, Rodrigo Peixoto, Mariângela Marques, Karla Regina, Thiago Herdy, Luis Fernandes, Daniel Ceglia, Maria Fernanda.




 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Combinado

Vou me formatar, vou deixar de ser o kitsch, o camp, o barroco
Vou fazer cálculos de trigonometria,
Geometricamente procurar a perfeição da aparência.

Porque, meu caro, convenhamos, a miséria que há em meu rosto,
Não combina nem um pouco com a sua elegância enfadonha.

As minhas preferências em estar no meio da multidão suada, com as mãos amarradas...
Os meus grandes pés com pelos nos dedos,
E o meu nariz do Benim, tão desproporcional
A suas expectativas tão comuns...

Preciso de fato, me formatar como um pedaço de carne de porco que virou presunto da Sadia.

Nana Krishna Andrade

quarta-feira, 15 de junho de 2011

RESULTADO DO CONCURSO HQ PARTIDÃO



imagem



O PCB (Partido Comunista Brasileiro) divulgou os nomes dos ilustradores selecionados para participarem do primeiro volume da obra Outros Outubros Virão! A História do PCB em Quadrinhos. São eles:

Rosali A. Colares
Marcus Beckenkamp
Luciano Irrthum
Luiz Brazileiro

O primeiro volume contará a história do movimento comunista brasileiro de 1917 até 1963, e será lançado em março de 2012. O segundo volume engloba o período entre 1964 e 2012, e será lançado em setembro do mesmo ano.

Maiores informações: http://pcb.org.br/portal/pcb.org.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=2542

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Dando nome as cobras


Cada dia um nome...
Antes, José.
Hoje, Maria.
Falsos nomes, cobras criadas
Veneno plenário na garganta do povo.

Privacidade violada...
Democracia é BBB
Política é BBB
Povo é BBB
Polícia é BBB
Favela é BBB
Religião é BBB.
A vontade é única e egoísta.
A miséria é nacional.
Salário mínimo é Bolsa-família.

Cada dia um nome...
Antes, José
Hoje, Maria
Arrastando o passado.
Rastejando rumo ao futuro.
Pra qualquer lado que se olhe:
São cobras.
Veneno destilado em dose única.
Veneno plenário na garganta do povo.

A fé é cega e desesperada...


Verônica Giuliana

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Cândido Portinari - Mestiço - 1934 - Óleo sobre tela

Candido Portinari nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda de café em Brodoswki, no Estado de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, de origem humilde, recebeu apenas a instrução primária de desde criança manifestou sua vocação artística. Aos quinze anos de idade foi para o Rio de Janeiro em busca de um aprendizado mais sistemático em pintura, matriculando-se na Escola Nacional de Belas Artes. Em 1928 conquista o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro da Exposição Geral de Belas-Artes, de tradição acadêmica. Vai para Paris, onde permanece durante todo o ano de 1930. Longe de sua pátria, saudoso de sua gente, Portinari decide, ao voltar para o Brasil em 1931, retratar nas suas telas o povo brasileiro, superando aos poucos sua formação acadêmica e fundindo a ciência antiga da pintura a uma personalidade experimentalista a antiacadêmica moderna. Em 1935 obtém seu primeiro reconhecimento no exterior, a Segunda menção honrosa na exposição internacional do Carnegie Institute de Pittsburgh, Estados Unidos, com uma tela de grandes proporções intitulada CAFÉ, retratando uma cena de colheita típica de sua região de origem.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O passado não é um altar


Sinto falta e admito que sim
Não pelo que foi,
Não por saudades,
Mas sim pelo que poderia ter sido
Pelas possibilidades perdidas
Pelo futuro não trilhado
O Passado não precisa virar local de lamentos,
Um local de tristezas,
Mas sim, de pontos de partidas
De provas que as coisas mudam,
Que a realidade se transforma
Que a vida caminha
Que o mundo flui.

Heitor César Oliveira

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Julian Conrado canta "De mi pueblo para la guerrilla": Cantor e compositor foi preso a pouco na Venezuela e será entregue ao regime narco-paramiltar colombiano



De nuevo en un escueto comunicado del Ministerio del Poder Popular de Interior y Justicia (MPPIJ), se informa que en el estado Barinas fue detenido el cantautor y combatiente revolucionario, Guillermo Enrique Torres Cueter, conocido por su nombre artístico como Julián Conrado, presentado, otra vez por el organismo de Estado venezolano como un delincuente solicitado por la Interpol y que sería entregado, otra vez sin fórmula de juicio, al gobierno terrorista de Colombia.
“se informó a las autoridades del Gobierno de la República de Colombia, y se iniciaron los trámites correspondientes para colocarlo a la orden de la justicia de ese país, según los procedimientos correspondientes”, señala el comunicado del MPPIJ.
En el caso anterior del periodista y director de ANNCOL, Joaquín Pérez Becerra, también acusado por los gobierno de Colombia y calificado por el de Venezuela como “terrorista”, el Presidente Chávez, asumiendo toda la responsabilidad, pero no dando a conocer las razones, lo entregó a Colombia de donde había salido hace casi 20 años huyendo de la represión y la muerte.
Es conocido que durante estos casi 12 años del Gobierno venezolano del Presidente Chávez, que se define como revolucionario y bolivariano, otros casos similares han permitidos que militantes de movimientos sociales y políticos de carácter revolucionarios, hayan sido entregado a los gobiernos que lo perseguían por su compromiso y consecuencia revolucionaria.
Una de las características propias de un Estado con gobierno revolucionario con perspectiva socialista o, menor aun, solo progresista, pero que enfrenta con dignidad y soberanía al imperialismo, lo cual el Gobierno de Venezuela ha demostrado su carácter antiimperialista, es la de solidarizarse con las luchas que cada pueblo asume por su emancipación y su territorio se convierte en espacio de defensa de la vida para los perseguidos políticos.
En el caso de Conrado, el presidente colombiano celebrando la captura de este combatiente, apuntó otros detalles preocupantes y reveladores. Durante la ceremonia de graduación de oficiales en la Escuela Militar de Cadetes ‘José María Córdova’, de Bogotá, el mandatario destacó el operativo de detención, contó con la ayuda de autoridades colombianas.
“El día de antes de ayer, en una operación que realizó el Gobierno venezolano, con ayuda de autoridades colombianas –inteligencia de nuestra Policía- se capturó a ‘Julian Conrado’”, a quien califica de narco terrorista.
Lo revelador de esta aseveración de Santos, es que existiría un “acuerdo” entre el Presidente Chávez y Santos para la cooperación a nivel de servicios de inteligencias para la captura de combatientes colombianos que han llegado a nuestro país para salvar sus vida de la persecución y las masacres que comete la oligarquía colombiana, como es de todos conocidos.
Si ya es de gravedad este acuerdo, lo que es peor aún y que es de todos conocidos, la relación y ayuda a nivel de los servicios de inteligencia y militar que existe entre el Mossad israelí y la CIA estadounidense con el Gobierno y Estado colombiano para perseguir, a lo que ellos llaman “terroristas” y que son los militantes revolucionarios de todo el mundo que luchan por hacer realidad esa hermosa consigna de que “OTRO MUNDO ES POSIBLE”.
Por lo que no es exagerado señalar que con este “acuerdo” de cooperación entre servicios de inteligencia de Colombia y Venezuela, indirectamente y creemos que sin quererlo, se está haciendo el juego y/o siendo parte de la red mundial del imperialismo para capturar a cuadros revolucionarios de izquierda con el objetivo de destruir las luchas de nuestros pueblos.
El Partido Comunista de Venezuela (PCV), con el caso de Pérez Becerra, ya advirtió en la necesidad de desarrollar un debate nacional e internacional sobre la entrega de revolucionarios al gobierno narcoparamilitar de Colombia y solicitó al Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV) buscar un espacio para analizar esta situación que se ha creado, pero hasta el momento ese espacio no se ha logrado.
Esta nueva situación creada con la detención de “Julián Conrado” y el compromiso de entrega inmediata que el MPPIJ señaló en su comunicado, sin tomar en cuenta las leyes nacionales e internacionales y la propia Constitución Bolivariana de Venezuela, debemos advertir, a través de Tribuna Popular en espera de un comunicado oficial del PCV, a las y los revolucionarios del mundo, que Venezuela ha dejado de ser un lugar seguro para los luchadores populares.
Por último cabe señalar que en el día de hoy, el Presidente Santos recordó que luego de la operación Fénix, en la que fue abatido ‘Raúl Reyes’, las autoridades colombianas creyeron inicialmente que uno de los guerrilleros dados de baja era alias ‘Julián Conrado’, lo cual quedó descartado al realizar las verificaciones del caso.
“Hoy está a buen recaudo y el Presidente Chávez nos ha dicho que nos lo va a entregar”, agregó el Presidente Santos al celebrar la captura.
Desde Tribuna Popular expresamos toda nuestra solidaridad y compromiso revolucionario con el combatiente Julián Conrado y serán nuestra páginas expresión de la solidaridad internacionalista y de combate por su libertad y la de todos los combatientes antiimperialistas del mundo.
¡Exigimos aplicar los derechos que la Constitución Bolivariana de Venezuela!
Que su caso sea sometido por los Tribunales de Justicia guardando, al menos, el debido proceso y respeto por los derechos del combatiente detenido.