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sexta-feira, 29 de julho de 2011

ÚLTIMA HORA: Cantor combatente Julián Conrado apareceu e admitem Habeas Corpus

Escrito por: Coordenadora “Que o cantor não se cale”
Com a consigna AMANDO VENCEREMOS, Julián se dirige ao mundo
Carta aos povos do mundo publicada aqui


CARACAS, 22 de julho, 2011, TRIBUNA POPULAR TP.- Hoje sabemos que se encontra em Boleíta, na sede da Direção Geral de Inteligência Militar (DIM) em Caracas. Há 52 dias incomunicável e sequestrado. Manda uma Carta que pode ser lida aqui:
Coordenadora "Que o cantor não se cale"
Como sabe o mundo, no dia 31 de maio, em uma operação conjunta das polícias venezuelana e colombiana, foi detido-sequestrado ilegalmente na Venezuela, no estado de Barinas, o cantor e compositor revolucionário colombiano Julián Conrado. Atualmente, não se sabe se tramita o “procedimento legal” para sua entrega ao governo da Colômbia, país no qual há 7501 (agora seria mais 1) presos políticos, produto da guerra civil que assola o país irmão há mais de sessenta anos, os quais têm seus direitos humanos violados e o devido processo negado.
Com palavras de Julián, entregá-lo à Colômbia seria “… a tortura e a morte...”.
Hoje sabemos que se encontra em Boleíta, na sede da Direção Geral de Inteligência Militar (DIM) em Caracas. Há 52 dias incomunicável e sequestrado. Assim como nosso comandante Chávez, para desmentir sua renúncia, da base militar de Turiamo, onde também se encontrava desaparecido e sequestrado em abril de 2002, conseguiu a ajuda de seu cabo da Guarda Nacional Juan Bautista Rodríguez, os “Cabos de Três Sóis”; nosso cantor, Julián, conseguiu a solidariedade de um humilde soldado bolivariano que nos fez aparecer o trovador da selva através de umas linhas de agradecimento que poderão ser lidas à continuação.
Julián nos faz chegar sua luz das sombras do encerro, por meio de uma carta de agradecimento às pessoas decentes do mundo que compreendem o valor da solidariedade e a importância da defesa intransigente do Direito Internacional Humanitário. Diz assim (anexamos cópia fiel e idêntica da mesma):

Imagem da carta de Julian Conrado ao mundo

CARTA DE JULIÁN CONRADO, DA PRISSÃO NA VENEZUELA
Caracas, dia do aniversário de Mandela, 2011
Irmãos e irmãs de todas as partes do mundo que me brindam solidariedade. Do meu cativeiro na República Bolivariana da Venezuela, agradeço-lhes o apoio e o valor que me dão para seguir adiante.
Sei que de acordo com os tratados, com as leis internacionais e as próprias leis da Venezuela, minha extradição à Colômbia ou aos Estados Unidos não é possível; e o Comandante Chávez sabe perfeitamente que nenhuma razão de Estado pode estar, jamais, acima dos direitos inerentes à pessoa humana e dos princípios revolucionários; sabe, ademais, o camarada Chávez, que essa decisão não teria outro significado que o da tortura e a morte; e Che disse muito claro: “a qualidade mais linda de um revolucionário é sentir no mais profundo qualquer injustiça cometida contra qualquer um em qualquer parte do mundo”.
De qualquer forma, quero que saibam que aconteça o que acontecer, nem me renderei nem trairei; definitivamente o coração não me deixa outra opção: onde esteja e como esteja continuarei sendo fiel à formosa causa da paz com justiça e com amor. Bem… é o que já disse meu irmão Alí Primera: “Não só de vida vive o homem”.
Comento-lhes que não deixei de cantar e que tenho duas novas canções, quando o problema do meu asilo se resolva vocês as conhecerão.
Um abraço de todo coração.
AMANDO VENCEREMOS!
Julián Conrado

DECLARAÇÃO DA COORDENADORA: “QUE O CANTOR NÃO SE CALE”
Além disso, como Coordenadora “Que o cantor não se cale”, devemos informar que desde o dia 11 de junho assumimos a defesa legal-formal de Julián Conrado diante do Quinto Juizado de Primeira Instância em Função de Controle do Circuito Judicial Penal da Área Metropolitana de Caracas, correspondendo ao caso: Nº 5C-678-11, com o expediente Nº 678-11, diante do Juiz Braulio José Sánchez Martínez, recebendo “NOTIFICAÇÃO DO JUIZADO”, com data de 21 de julho (aos 51 dias de seu desaparecimento-sequestro) na qual nos informa: “… este juizado, em decisão desta mesma data emitiu as seguintes pronúncias: ‘Primeiro: Admite-se o pedido apresentado pelo cidadão advogado… de amparo judicial da liberdade e segurança pessoal (Habeas Corpus) em favor do cidadão GUILLERMO ENRIQUE TORRES CUETER, tudo em conformidade com o estabelecido no artigo 27 da Constituição da república Bolivariana da Venezuela, e os artigos 38,39,40 e 41 da Lei Orgânica de Amparo sobre direitos ou garantias Constitucionais; SEGUNDO: Determina oficiar aos cidadãos: Ministro do Poder Popular para as Relações Interiores e Justiça, ao Diretor do Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas e ao Diretor do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional, para que dentro das vinte e quatro (24) horas seguintes ao recebimento do pedido de informação de resposta, notifique ao Promotor Superior do Ministério Público para que designe um representante fiscal para que intervenha no trâmite, comprovação e decisão da ação de amparo interposta’…”
Com estes pequenos avanços, hoje podemos nos alegrar, mas nunca descansar. É o começo do princípio de uma etapa de luta legal e de justiça que apenas começa, tentando regulamentar em direito sua situação de sequestrado-desaparecido. Nunca esqueçamos que a pretensão do governo criminoso colombiano é a extradição final aos Estados Unidos, como nos lembrou Julián em sua carta de agradecimento aos povos solidários e justos do mundo.
Será que já receberam a recompensa de 2.5 milhões que o subsecretário de Estado dos Estados Unidos para a América Latina, Arturo Valenzuela, tinha oferecido por sua captura? Não sabemos. Mas o pagamento será efetuado “… ao final da operação do sequestro-detenção com a entrega final”. Aguemos a festa. Que o champagne esquente.
"... a vida é muito perigosa. Não pelas pessoas que fazem mal, mas pelas que se sentam ao ver o que passa..."
Albert Einstein
Coordenadora: “Que o cantor não se cale”
ASILO POLÍTICO PARA JULIÁN CONRRADO
A consigna é: AMANDO VENCEREMOS!!!

http://www.tribuna-popular.org/index.php/internacional/solidariedade/8719-ultima-hora-aparecio-julian-conrado-e-admitem-habeas-corpus
http://www.tribuna-popular.org
TRIBUNA POPULAR
Redação

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O Cine ABI e o Cineclube da Casa da América Latina, apresentam: Cidadão Boilesen

O Cine ABI, em parceria com o Cineclube da Casa da América Latina,
Apresentam:
Cidadão Boilesen
Direção de Chaim Litewski
2009
Documentário 92 min.

28 de julho
quinta-feira
a partir das 18h30


na ABI
(Associação Brasileira de Imprensa)
Rua Araújo Porto Alegre, 71 - 7° andar
Centro (próx. ao metrô Cinelândia)


Sinopse:
    Um capítulo sempre subterrâneo dos anos de chumbo no Brasil, o financiamento da repressão violenta à luta armada, por grandes empresários, ganha, neste filme, contornos mais precisos neste perfil daquele que foi considerado o mais notório deles. As ligações de Henning Albert Boilesen (1916-1971), presidente do grupo Ultra, com a ditadura militar, sua participação na criação da temível Oban – Operação Bandeirantes – e acusações de que assistiria voluntariamente a sessões de tortura emergem de diversos depoimentos de personagens daquela época.
Após a exibição do filme, haverá debate.
    Serão concedidos certificados aos participantes. Os 25 primeiros que chegarem terão direito a pipoca e guaraná grátis! cortesia: Sindipetro-RJ apoio: ABI Associação Brasileira de Imprensa realização: Casa da América Latina Visite a nossa página!: www.casadaamericalatina.org.br

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Camarada do cais,por Lenin Braga

Um Estivador Acredita
Hoje dia 1 de Dezembro de 2010
comemora se o sindicato dos estivadores de Santos
e seus 80 anos
do encontro entre valores como a valentia e o orgulho de serem operários
"sem patrões” que foi ate tese de doutorado.
Em 15 de abril de 1931,
Pagu foi presa como militante comunista
,durante uma greve dos estivadores em Santos.
O que originou seu primeiro romance, "Parque industrial".
E teve em 1946
o Estivador Osvaldo Pacheco representante na câmera federal .
Anos de lutas e conquistas que eu pessoalmente presenciei
são as lutas ocorridas na Cosipa em Abril de 1997 ,
recuperação do campo de trabalho vigília no porão de dois navios
e a presença da massa na porta dos representantes da ganância,
em Abril ,
mas em 2001 numa violenta repressão
50 companheiros feridos e 35 presos no oitavo dia de um movimento
em defesa do trabalho nos arredores da praça Mauá,
onde fiz vigília pela satisfação de ser Estivador do maior porto do Brasil.
Um dia de cão,
que fez os mais velhos lembrar sem saudades da época da ditadura militar .
E pela primeira vez
por 15 dias 24 estivadores foram empregados pela Ultrafértil.
Eu que pessoalmente tenho orgulho desde 1 de dezembro de 1994
de ser sócio , carteira preta , associado,
de gritar para todos ouvirem eu sou ESTIVADOR.
Um estivador acredita
Que tudo que brilha e ouro
E ele esta buscando uma escada para o paraíso
E se o agulheiro estiver fechado
Com apenas uma palavra ele consegue abrir
Há um cartaz na vante do porão junto ao pe de carneiro
Mas ele quer ter certeza
Pois às vezes as palavras têm duplo sentido
Em um píer a beira do cais de santos tem um papagaio a falar
Que às vezes todos os nossos pensamentos estão errados
Isto me fez pensar ,
enquanto atravesso de catraia o canal santista vindo da ilha
Certamente há algo que sinto
Quando subo a escada de portolo
corto o convés e olho pra dentro do porão
Meu espírito chora ao partir
Em meus pensamentos em anéis de fumaça atravessando o navio
E as vozes daqueles que já se aposentaram
Em um sussurro
avisam que em breve estarão juntos no mesmo terno e na mesma turma
O estivador nos levara a razão
E um novo dia nascera
Para aqueles que suportaram a indiferença,
o porquê do por que
A busca seguida por canudo por divisa para sucumbir
á sede do conhecimento
E da parede ecoara gargalhadas aos montes
Se há uma arenga em sua caixa não fique preocupado
E apenas a limpeza do treinamento da qualificação
Há dois caminhos que você pode seguir nesse fora de boca
Um do esforço e da raiva outro do bom senso e companheirismo
A sempre tempo de mudar o caminho que você segue
O estivador te chama para você se juntar a ele
Caro contra mestre, pode ouvir o vento soprar
E você sabia
Enquanto nossos corpos cansados descansam após ,
mas uma longa jornada
Nossas sombras caminham.
E se ouvir com atenção
Os ventos que arranham os armazéns
assobiam nas amarras e cortando amurada do navio
Mostrando que nos todos somos um só.
Um estivador acredita que somos uma rocha
Apeada num castelo de proa ,
peada com o conhecimento do suor de nossos rostos
Do camarada do cais.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

aquarela: Karl Marx - Por Inti



Olá,
Gostaria de convidar os camaradas do Coletivo cultural Rosa do Povo a
conhecerem meu http://inti-arte.blogspot.com/ . Venho adicionando desenhos
e ilustrações que faço há algum tempo.

obrigado,
Inti

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Por Todas as Partes, por Heitor Cesar

Por todas as noites,
A cada Esquina da cidade
Coisas acontecem
Muito mais que sombras ou contornos no escuro
Muito mais que balbuciados no silêncio
Repetindo a cada dia
Sinfonias mais que urbanas
Sobrias ou insanas
Quem se importa?
Como poesias pichadas em muros da fabricas
agora com o carimbo "Censuradas"
ou como rosas diante do caos reacionário
babando odio noticiados nos intervalos das novelas de TV
Quem se importa?

E a noite continua
Todas em uma, a mesma em todas
Porém uma centelha brilha
por que atéas noites também caem, 
Como os desertos corações
Dos tantos que choram por paixões
Sim, alguém se importa.

Heitor Cesar Oliveira, de algum lugar do Rio de Janeiro

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O Cine ABI, em parceria com o Cineclube da Casa da América Latina, Apresentam: O Ditador

O Ditador

Direção de Luís Llosa
2005
Documentário 125 min.
Legendas em português

14 de julho
quinta-feira
a partir das 18h30

na ABI
(Associação Brasileira de Imprensa)
Rua Araújo Porto Alegre, 71 - 7° andar
Centro (próx. ao metrô Cinelândia)

Sinopse: Baseado no romance "A Festa do Bode", do escritor Mario Vargas Llosa, "O Ditador" narra a história de Urania Cabral, uma inteligente advogada de Manhattan que retorna à terra natal, República Dominicana, depois de 30 anos de ausência. Em busca do passado, ela se reencontra com seu pai, um homem que um dia foi o Presidente do Senado e o braço direito do ditador Ramfis Trujillo. Um belo e sensível filme que relata a história de homens que sacrificaram suas vidas em busca da liberdade. Homens que desafiaram o governo de um dos ditadores mais cruéis da América Latina.
Após a exibição do filme, haverá debate.

Serão concedidos certificados aos participantes. Os 25 primeiros que chegarem terão direito a pipoca e guaraná grátis!

cortesia: Sindipetro-RJ
apoio: ABI Associação Brasileira de Imprensa
realização: Casa da América Latina

Aos amigos e amigas da Casa da América Latina
Visitem nosso site

terça-feira, 12 de julho de 2011

Festa 20 anos do Razão Social, a maior banda punk de Minas Gerais!

 
Hora
sábado, 23 de julho · 14:00 - 17:00

Localização
NOVO SÂO LUCAS
BUTEKÃO, 126
Belo Horizonte (Belo Horizonte, Brazil)



Mais informações
COMO CHEGAR. PEGAR O ÔNIBUS, 9501 SÂO LUCAS NA AV: AFONSO PENA, DESCER PERTO DO CONJUNTO HABITACIONAL NO NOVO SÂO LUCAS - http://bandarazaosocial.bl​ogspot.com/2011/05/festa-p​unk-20-anos-de-razaosocial​.html

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O assalto aos céus pelos trabalhadores franceses na COMUNA DE PARIS em versos de cordel, por Paiva Neves

imagem


Inspirai a minha lira
Oh! Deuses da liberdade;
Alimentai-vos meus versos
Com as tintas da igualdade
Para que eu possa cantar
A saga de uma cidade.

Ao escrever o poema,
Onde a métrica cadencia
Em notas, as rimas rubras
Que dar ritmo a poesia,
Homenageio a Comuna
Que venceu a tirania.

Neste combate entre as classes,
A operária apostou alto.
No modo de produção
Projetou um grande salto
E Marx disse: - Eles ousaram
Ao tomar os céus de assalto.

Foi em março de oitocentos
E setenta e um lá na França,
Que povo trabalhador
Foi parteiro da mudança
Construindo o embrião
No berçário da esperança.

Das revoltas sociais
A opressão é a matriz.
No calendário das lutas
A história é quem nos diz:
- Proclamou-se a igualdade
Na comuna de Paris.

Foi em 18 de março
O levante proletário.
Essa revolta classista
Foi fato extraordinário.
O povo foi ao poder
Sob o comando operário.

A revolta teve início
Só pela indignação
Do povo da capital
Contra a mais vil traição
Daquela elite econômica
Que dominava a nação.

A república Francesa
Com outra nação guerreava.
Guerra Franco-Prussiana
O confronto se chamava,
Pois era contra a Alemanha
Com quem a França lutava.

O exército prussiano
Estando mais preparado,
Avançava palmo a palmo
Do objetivo traçado:
Derrotar o inimigo
E mantê-lo dominado.

Foi Napoleão Terceiro
Derrotado facilmente,
E foi feito prisioneiro
Pelo exército oponente
E da França Adolfhe Thiers
Foi eleito Presidente.

As províncias francesas
Numa eleição desigual
Elegeram monarquistas
A Assembléia Nacional
Que defendiam que a França
Se desarmasse geral.

Sob o domínio alemão
A França subjugada,
A alta estima dos franceses
De certa forma apagada
E a autonomia francesa
Sendo por fim esmagada.

Contra a política entreguista
Em Paris houve um levante.
Operário com soldado,
Pequeno comerciante,
Literatos e artistas
Levaram a luta adiante.

A Guarda Nacional
Aliada aos proletários
Uniu-se a população
Tendo à frente os operários
Para defender Paris
Dos burgueses sanguinários.

A batalha foi sangrenta
Com mortes de lado a lado.
A frente destes combates
Estava o operariado
Construindo um mundo novo
Sem patrão, sem explorado.

Dezoito do mês de março
A revolta triunfou.
O Governo, derrotado,
De Paris se retirou
E o povo parisiense
A vitória festejou.

Agora que os explorados
Governavam a cidade
Trataram de transformar
A velha sociedade.
Com muita democracia
Sedimentando igualdade.

O povo vitorioso
Agora estava feliz
Nas ruas, vias e praças
Pisavam na flor de lis,
Cantando e fazendo festa
Pelas ruas de Paris.

Mas, no entanto era preciso
A cidade governar.
Botar em prática o programa
Que fez o povo avançar
Com lágrima, suor e sangue
E o capital derrotar.

Formaram logo o Governo
De caráter proletário.
Em todo e qualquer projeto
Tinha o traço solidário,
Sendo tudo dividido
Com teor igualitário.

Socorreram aos que tem fome
Dando-lhes o que comer,
Repartindo o vinho e o pão
Fez a força renascer
No seio daquele povo
Que rompeu com seu sofrer.

A comuna proletária
Pôs o projeto em ação.
Foi do trabalho noturno
Decretado a abolição
E as oficinas fechadas
Entraram logo em ação.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Curso de Música e Noite Cultural da UJC

O Núcleo de Cultura da UJC, o MêNêLêMê e o Lutarmada convidam a todos para o curso de música com noite cultural.

O tema, Black Music Norte-Americana e sua influência no Hip-Hop Brasileiro, vem bem a calhar com este friozinho e a vontade de ficar perto dos amigos, por isso, vocês estarão lá!

Local: Manoel Congo (Cinelândia)
Data: 16 e 17 de julho
Horários:
16.07 - a partir das 15hs (primeiro módulo)
17.07 - a partir das 10hs (último módulo)

Aproveito para informá-los que rifaremos uma garrafa de rum Cubano, presente do nosso grande amigo Heitor, O César.

Mais informações, estou aqui para isso!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Nicolas Guillén, o maior poeta da Revolução Cubana

Burgueses
Não me dão pena os burgueses
vencidos. E quando penso que vão a dar-me pena,
aperto bem os dentes e fecho bem os olhos.
Penso em meus longos dias sem sapatos nem rosas.
Penso em meus longos dias sem abrigos nem nuvens.
Penso em meus longos dias sem camisas nem sonhos.
Penso em meus longos dias com minha pele proibida.
Penso em meus longos dias.
- Não passe, por favor. Isto é um clube.
- A relação está cheia.
- Não há vaga no hotel.
- O senhor saiu.
- Deseja uma mulher.
- Fraude nas eleições.
- Grande baile para cegos.
- Caiu o Prêmio Maior em Santa Clara.
- Loteria para órfãos.
- O cavalheiro está em Paris.
- A senhora marquesa não recebe.
Enfim, toda recordação.
E como toda recordação,
que droga me pede você para fazer?
Além disso, pergunte-lhes.
Estou seguro
de que também recordam eles.


Responde tu
Tú, que partiste de Cuba,
responde tu,
onde acharás verde e verde,
azul e azul,
palma e palma sob o céu ?
Responde tu.
Tu, que tua língua esqueceste,
responde tu,
e em língua estranha mastigas
o guel e o yu,
como viver podes mudo ?
Responde tu.
Tu, que deixaste a terra,
responde tu,
onde teu pai repousa
sob uma cruz,
onde deixarás teus ossos ?
Responde tu.
Ah infeliz, responde,
responde tu,
onde acharás verde e verde,
azul e azul,
palma e palma sob o céu ?
Responde tu.

NICOLAS GUILLÉN
(Traduções de Gilfrancisco)
(*Jornalista e professor universitário - gilfrancisco.santos@ig.com.br)

LEIA SOBRE A VIDA E A OBRA DE NICOLAS GUILLÉN
NICOLÁS GUILLÉN, POETA MAIOR DA REVOLUÇÃO CUBANA
http://www.arquivors.com/gilfrancisco11.htm