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terça-feira, 26 de maio de 2015

FORMAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO


Qual é o seu problema com meus ÃOS?
Em um país de cão
Com tanta opressão
Qual é o seu problema com meus ÃOS?

Na sociedade da hipocrisia
Do domínio da burguesia
Qual é o seu problema com minha filosofia?
Na barbárie do capitalismo atroz,
correria do tempo veloz...
Qual é o seu problema com minha voz?
No meio de tanta violência
No mundo sem coerência
Qual o seu problema com minha consciência?
No reino do individualismo
Na lógica do mercado e do consumismo
Qual é o seu problema com meu idealismo?
Mediante a tanta exploração, dominação e corrupção
Eu volta a perguntar:
QUAL É O SEU PROBLEMA COM MEUS ÃOS?
Se essa minha formação,
vem do espaço da exclusão
É identidade e inspiração na luta
pela transformação e pela revolução !!!

Daniella Souza Santos Néspoli

quarta-feira, 13 de maio de 2015

“Caetanices”, em bela homenagem

 











O militante do PCB Felipe Oiticica comenta, nesse artigo, a canção "Um comunista", que Caetano Veloso incluiu em seu mais novo álbum sobre o revolucionário Carlos Marighella.


A quem ainda não ouviu, recomendo uma canção incluída no último disco do grande compositor, letrista e intérprete Caetano Veloso, intitulada "Um Comunista", na qual ele presta uma homenagem, tardia mas sincera, a Carlos Marighella. O link para o Youtube é este: http://www.youtube.com/watch?v=84fbY0T1sSY
Como é importante ouvir seguindo a letra, ela está no final deste artigo.
Formalmente, a música é de primeira qualidade. É uma espécie de litania (ladainha), em que a repetição exaustiva do motivo melódico realça extraordinariamente os versos e sua intenção. Tal técnica já foi usada muitas outras vezes. Por exemplo, em “Pra não Dizer que não Falei de Flores”, de Geraldo Vandré (a conhecidíssima “Caminhando e Cantando ...”) e a menos conhecida “A Working Class Hero” (Um herói da Classe Operária), do John Lennon pós Beatles. Caetano, em “Um Comunista”, usa a técnica, mas com muito mais riqueza melódica e harmônica.
É surpreendente – num sentido positivo – que Caetano tenha composto uma canção como esta. Porque ele jamais demonstrou simpatia para com os comunistas. No caso, a homenagem é a um revolucionário que admirava provavelmente a partir de uma posição romântica. Mas, de qualquer maneira, há trechos que emocionam a todos nós, pelo reconhecimento que faz de determinadas características nossas.
Refiro-me aos seguintes trechos da letra:
"... foi aprendendo a ler / olhando o mundo à volta / e prestando atenção / no que não estava à vista / assim nasce um comunista ...";
"... os comunistas guardavam sonhos / os comunistas / os comunistas ..." (trecho repetido várias vezes ao final da gravação);
"... sempre foi perseguido / nas minúcias das pistas / como são os comunistas ..."
"... vida sem utopia / não entendo que exista / assim fala um comunista ..."
Surpreende também que ele cite, como um dos que prenderam Marighella, o Antônio Carlos Magalhães – tendo em vista que sempre que teve oportunidade louvou o falecido senhor feudal da política baiana. Coisa que, por sinal, muitos outros faziam – inclusive o também falecido Jorge Amado.
Mas como nada é perfeito, Caetano comete dois erros crassos de avaliação – salvo se não se tratar de erros de avaliação, e sim de uma espécie de compensação política pela homenagem a Marighella e pelas frases de reconhecimento aos comunistas.
Um deles está contido no trecho "... as nações terror / que o comunismo urdia ...". Ora, que nações seriam essas? Não me consta que as nações em que o socialismo chegou a ser implantado exportassem "terrorismo". Com certeza, por sua perspectiva internacionalista e pelo dever de levá-la à prática, apoiavam de diversas maneiras as lutas de libertação de outros povos. Daí a chamá-las de "nações terror" vai a distância exata entre uma afirmação coerente politicamente e uma simples "caetanice" (no pior sentido).
O outro erro aparece em "... o mulato baiano já não obedecia / às ordens de interesse / que vinham de Moscou ...". Claro que ele aqui se refere à ruptura de Marighella com a posição adotada pelo PCB de luta de massas contra a Ditadura, e sua adesão à luta armada. Entretanto, a ideia de que a estratégia àquela altura proposta pelo PCB fosse mero seguidismo das posições de grande potência da URSS (que de fato existiam) é um equívoco grave.
A posição de recusa da luta armada era claramente majoritária no interior do PCB. Não só pela compreensão de que ela não tinha – por todos os motivos – a menor condição de ser vitoriosa, mas também porque fortaleceria indiretamente o regime, que facilmente isolaria e estigmatizaria os grupos armados. O que de fato ocorreu.
O afastamento de inúmeros bravos camaradas para o caminho da luta armada é questão que não está mais em causa, pois a História nos deu razão. Apenas, o Caetano incorreu nos velhos erros de considerar que não tínhamos vontade própria, de que éramos meros “teleguiados” de Moscou. Com o adendo de que nem em todos os casos a URSS foi contra a luta armada. Há vários exemplos de apoio militante dos soviéticos a lutas de libertação nacional e a levantamentos armados contra governos opressores.
Parece que o genial compositor, letrista e intérprete baiano "deu uma no cravo e outra na ferradura". Em sua nova canção, ele elogia os comunistas numa perspectiva idealista, mas os critica no concreto. Totalmente Caetano, afinal.
A letra da canção:

Um Comunista

(Caetano Veloso)

 

 

Um mulato baiano,
muito alto e mulato,
filho de um italiano
e de uma preta huça,
foi aprendendo a ler
olhando mundo à volta
e prestando atenção
no que não estava a vista;
assim nasce um comunista ...
Um mulato baiano
que morreu em São Paulo,
baleado por homens do poder militar,
nas feições que ganhou em solo americano,
a dita guerra fria,
Roma, França e Bahia ...
Os comunistas guardavam sonhos
Os comunistas! Os comunistas!
O mulato baiano, mini e manual
do guerrilheiro urbano que foi preso por Vargas,
depois por Magalhães,
por fim pelos milicos,
sempre foi perseguido nas minúcias das pistas,
como são os comunistas ...
Não que os seus inimigos
estivessem lutando
contra as nações terror
que o comunismo urdia,
mas por vãos interesses
de poder e dinheiro,
quase sempre por menos,
quase nunca por mais ...
Os comunistas guardavam sonhos
Os comunistas! Os comunistas!

O baiano morreu,
eu estava no exílio,
e mandei um recado:
– eu que tinha morrido
e que ele estava vivo,
mas ninguém entendia,
“vida sem utopia
não entendo que exista”:
assim fala um comunista ...
Porém, a raça humana
segue trágica, sempre,
indecodificável,
tédio, horror, maravilha ...
Ó, mulato baiano,
samba o reverencia,
muito embora não creia
em violência e guerrilha
tédio, horror e maravilha ...
Calçadões encardidos,
multidões apodrecem,
há um abismo entre homens
e homens, o horror ...
quem e como fará
com que a terra se acenda?
E desate seus nós,
discutindo-se Clara,
Iemanjá, Maria, Iara,
Iansã, Catijaçara?
O mulato baiano já não obedecia
às ordens de interesse
que vinham de Moscou,
era luta romântica
era luz e era treva,
feita de maravilha, de tédio e de horror ...
Os comunistas guardavam sonhos
Os comunistas! Os comunistas!
(várias vezes)


http://pcb.org.br/fdr/index.php?option=com_content&view=article&id=350%3Acaetanices-em-bela-homenagem&catid=2%3Aartigos

quinta-feira, 9 de abril de 2015

América Unida: bailarinos de 11 países dançam pela integração



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"Estamos preparando uma viagem por toda América. Querem vir conosco?", pergunta a atriz. "Esta é uma viagem leve de bagagem. Trouxeram sua imaginação?". Com este convite, o público começa uma aventura por América Unida, um espetáculo itinerante que reúne companhias de dança de 11 países latino-americanos em turnê por Argentina, Brasil e Uruguai.
Entre os dias 26 de março e 5 de abril foi realizada a décima edição do projeto, apresentando uma série de novidades. O diretor geral de América Unida, o uruguaio Gustavo Verno, conta que o projeto começou de maneira simples, trazendo a visita de uma delegação da Argentina para o Uruguai em 2004. Mas foi crescendo e hoje chega a reunir artistas de 10 países da América do Sul e do México. "Nesta edição pudemos levar o público a fazer uma viagem imaginária por nosso continente, vendo além de danças, sons, cores e inclusive gastronomia".
Cada país convidado trouxe duas apresentações de danças típicas, com exigência de que uma delas fosse de origem indígena ou afrodescendente." Ao falar de arte não podemos ter um olhar exclusivo ao que se chama de cultura dominante, que se desenvolve e se multiplica nos países", destaca Thiago Amorim, diretor da delegação do Brasil. "Então, incentivar as companhias a trazer propostas que envolvam danças originárias ou afrodescendentes é uma maneira de reconhecer a diversidade da cultura popular nestes países, e estabelecer um movimento ideológico em termos da inclusão do que muitas vezes está invisível para a sociedade de uma maneira geral na América Latina", explica Amorim.
Em pouco mais de uma hora e meia, quem assistiu ao espetáculo pôde conhecer uma mostra de ritmos e danças que incluíam Refalosa Federal e Firmeza (Argentina); Caporales e Tobas (Bolivia); Lundu Marajoara e Samba (Brasil); Cueca e bailes Rapa Nui (Chile); Passillo e Puya (Colombia), Sanjuanito e Amor Seco (Ecuador); La Negra e Luz e Sombra (México); Galopera Yeroky e Kamba Ñemboki (Paraguay); Wayña Valicha e Marinera Norteña (Perú); Candombe e Chimarrita (Uruguay); Merengue e Tambores de San Juan (Venezuela).
Além dos bailes feitos por casais, o auge do espetáculo apresenta duas coreografias coletivas com os 22 bailarinos, que este ano abriram a apresentação com "Latinoamérica", do grupo Calle 12, e fecharam com "El Arte de Volar", composição feita especialmente para o evento.
FORMATO ÚNICO
De acordo com Roxana Gil, diretora da delegação argentina, o caráter não competitivo do evento o faz diferente dos festivais tradicionais de dança na América Latina e no mundo. "Para preparar as coreografias conjuntas em poucos dias é preciso um trabalho em grupo, de cooperação, em que todos têm que estar o mais próximo possível para que essa energia depois se transmita no palco. A ideia é compartilhar e ir aprendendo e nos nutrindo um dos outros", afirma.
Participante pela primeira vez, a bailarina brasileira Íris Neto considera que o formato permite uma energia única por meio da união dos bailarinos, diretores e demais participantes de diversos países. "É uma experiência diferente, que nos favorece como artistas e como seres humanos, pois aprendemos características e virtudes que cada delegação traz por meio de sua dança, música e outras artes".DSC09758
AMPLIANDO HORIZONTES
Além das apresentações, que se dão em espaços que vão desde teatro até bairros populares, as delegações também realizam oficinas de diferentes ritmos para professores de dança e estudantes de colégios das cidades visitadas.
Nos últimos anos, o projeto busca ampliar seu alcance, definindo-se como Encontro de Folklore e Arte Popular. Thiago Amorim destaca que a dança folclórica envolve outras áreas da arte popular como a música ou o artesanato para os vestuários. Neste sentido, entre as novidades da edição 2015 estiveram a incorporação de uma mostra de artesanato de 11 países que acompanhou ao espetáculo, além de reuniões para articulação com artesãos dos países visitados.
Outras atividades novas foram um encontro dos participantes com representantes dos povos originários, contribuindo para debate e reflexão sobre o continente, além do encontro da memória, reunindo familiares dos participantes e outras pessoas.
PRÓXIMOS PASSOS
Seguindo seu projeto de expansão a outros públicos, foi indicado como sede do próximo ano o México, que participou pela primeira vez do encontro juntando-se a outros 10 países sul-americanos. Outro país centro-americano deve ser incorporado na turnê 2016, somando um total de 12 países.
Os cargos de coordenação são rotativos, sendo que a argentina Roxana Gil será a próxima diretora artística do espetáculo, tendo apoio de um roteirista boliviano, um assistente de direção venezuelano e uma preparadora física chilena.
"Em América Unida o que se cuida é para que não haja competência, que sejamos um só, que é o que às vezes falta a esta América, ser uma só e não estar fragmentada. Acho que essa mostra em cena que contou com 22 bailarinos é uma pequena contribuição a esta integração", afirma Verno.
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* Jornalista e Mestre em Estudos Latino-Americanos, viajou a convite do projeto América Unida

http://www.diarioliberdade.org/america-latina/resenhas/55257-am%C3%A9rica-unida-bailarinos-de-11-pa%C3%ADses-dan%C3%A7am-pela-integra%C3%A7%C3%A3o.html#.VSVfAwgPk-U.facebook

terça-feira, 7 de abril de 2015

O Paradoxo da Espera do Ônibus (animação)

Homem espera em vão o ônibus. Em vão? ora, se o ônibus está demorando, então ele está mais perto de chegar. Baseado em várias histórias reais. Desenho desanimado de Christian Caselli. Desenhos de Gabriel Renner e narração de Chico Serra.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

PRETO NO BRANCO


O preto na teoria é bom
O preto na cercania não é bom
O preto no xerox é bom
O preto ao vivo não é bom
O preto idealizado é muito bom
O preto como um fato não é bom
O preto na Casa Branca é bom
O preto nos corredores não é bom
O preto na tese é bom
O preto em tese não é bom
O preto da guitarra é bom
O preto de boné virado não é bom
Preto, preto, preto
O preto que enuncia
A cor que mancha
A mente branca

Daniel Oliveira

quarta-feira, 25 de março de 2015

terça-feira, 17 de março de 2015

Dione Du Rap - A Voz do Protesto



Eu não aumento e eu não invento
Porque é da realidade que eu me sustento
Não tô aqui pra fazer média
Nem muito menos pagar pau pra comédia
Eu não canto pra ninguém rebolar
O som é pra refletir, raciocinar
E ver que o Brasil precisa mudar
Que precisamos nós unir, protestar
Pelo direito de qualquer cidadão
Que quer bom salário, saúde, boa educação
Não se contentar e nem aceitar
Com as migalhas que esse governo podre nos dá

Pode falar mal, pode criticar
Que nem assim nós vamos parar
Sem maquiagem, sem falsidade
Falando sempre a verdade

A bandeira do Brasil é uma piada
Ordem e progresso, irmão, é só fachada
Só sabe disso quem vive aqui
Passando altos venenos
Sem motivos pra sorrir
Sendo humilhado pelo patrão
Um filho da puta
Arrombado
Um cuzão
Que só se preocupa em encher seus cofres
Escravizando e humilhando os pobres
Que não tem direito a lazer
A comer, se vestir, se manter
Vivendo angustiado em seus barraco
Cheio de goteiras
Caindo aos pedaços
Eu não pego carona nas tragédias
Eu não faço rap por inveja
A intenção é protestar
E não se calar
Vendo nosso povo se afundar

segunda-feira, 2 de março de 2015

Falo não Falas

Preto só carne e falo
Falo agora apenas como falo
Um superpreto,
Um supermásculo,
Falo bem dotado
De invisibilidade                                                                                                                
Um punhado de carne
De inferioridade intelectual
Puro animal
Castrado em gostos e gozos
Com a espada em riste
Nunca podendo falhar
Pode-se tudo no ato, menos parar
Os músculos pujantes
Saltam a pele negra
A massa corpórea
Alimenta a fantasia e o mito
Preto robusto, forte e viril
Criado Supermasculino 
O lugar comum, dos corpos pretos
Na firma, no drible, na rima
Falo com ginga,
No samba, no reggae, no funk ou no rap
Pense preto do falo
Ou melhor, não pense, faça
Desfrute de sua gaiola dourada
“Admiramos” seu falo
Não o que falas.

Carlos Alberto
http://poemasaoente.blogspot.com.br/2015/03/falo-nao-falas-1-preto-so-carne-e-falo.html?spref=fb

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Não te rendas, ainda é tempo

Não te rendas, ainda é tempo
De se ter objetivos e começar de novo,
Aceitar tuas sombras,
Enterrar teus medos
Soltar o lastro,
Retomar o vôo.
Não te rendas que a vida é isso,
Continuar a viagem,
Perseguir teus sonhos,
Destravar o tempo,
Correr os escombros
E destapar o céu.
Não te rendas, por favor, não cedas,
Ainda que o frio queime,
Ainda que o medo morda,
Ainda que o sol se esconda,
E o vento se cale,
Ainda existe fogo na tua alma.
Ainda existe vida nos teus sonhos.
Porque a vida é tua e teu também o desejo
Porque o tens querido e porque eu te quero
Porque existe o vinho e o amor, é certo.
Porque não existem feridas que o tempo não cure.
Abrir as portas,
Tirar as trancas,
Abandonar as muralhas que te protegeram,
Viver a vida e aceitar o desafio,
Recuperar o sorriso,
Ensaiar um canto,
Baixar a guarda e estender as mãos
Abrir as asas
E tentar de novo
Celebrar a vida e se apossar dos céus.
Não te rendas, por favor, não cedas,
Ainda que o frio te queime,
Ainda que o medo te morda,
Ainda que o sol ponha e se cale o vento,
Ainda existe fogo na tua alma,
Ainda existe vida nos teus sonhos
Porque cada dia é um novo começo,
Porque esta é a hora e o melhor momento
Porque não estás sozinho, porque eu te amo
(Mario Benedetti)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

UNE hostiliza um dos mais importantes líderes quilombolas do Brasil, na 9ª Bienal

Nelsinho Moralle, um dos mais importantes líderes quilombolas do Brasil foi hostilizado pelos dirigentes da União dos Estudantes Universitários-UNE durante a   9º Bienal da União dos Estudantes Universitários, que aconteceu  de 01 a 06 de fevereiro, nos Arcos da LAPA, Rio de Janeiro.
Tema da Bienal da UNE ? As vozes do Brasil se encontram no Rio.
Com a palavra Nelsinho:  



NOTA DE REPUDIO PARA COM A DIREÇÃO DA UNE E ORGANIZADORES DA 9ª BIENAL CULTURAL DA ENTIDADE QUE ESTA SENDO REALIZADA NO RIO DE JANEIRO
Nelsinho Quilombola Moralle é uma liderança nacional quilombola, nascido no Quilombo Do Carmo São Roque SP, cantor compositor, musico, arranjador, autor de trilhas sonoras para cinema e teatro, ator e diretor de cinema e teatro e hoje estudante de graduação em Direito na UFRJ.
Ao ler o edital da 9ª Bienal de UNE Nelsinho se inscreveu para a mostra de musica onde os organizadores alertavam e lamentavam não poder ofertar cachê aos selecionados visto que a entidade tinha PARCOS recursos para organizar o evento. e a organização pedia a colaboração dos artistas.
Porém quando saiu a programação oficial nomes conhecidos do mercado musical foram contratados para shows e com o direito de exercer nossa cidadania fomos buscar informações e tivemos acesso que os cachês dos artistas variavam entre R$ 80,000,00 o mais barato e R$ 200.000,00 o de maior valor.
Na véspera da apresentação de Nelsinho Moralle questionamos a dinâmica SOCIALISTA dos valores contraditórios entre o NADA ofertado aos selecionados para a mostra e os CACHÊS astronômicos ofertados a ARLINDO CRUZ, PITY, ALCEU VALENÇA, CIDADE NEGRA E CRIOLO e a resposta da UNE foi "OS ARTISTAS CONTRATADOS TEM VALOR DE MERCADO E OS SELECIONADOS TEM APENAS VALOR ARTÍSTICO, portanto não há interesse da entidade pagar cachê. Nelsinho em respeito a seu público não hesitou e comparecer e REALIZAR seu show inclusive com convidados, pagando as despesas com seus próprios recursos. No final de show Nelsinho Moralle agradeceu a presença de seu público e fez uma crítica CONSTRUTIVA e solicitou a direção da UNE que reservasse um percentual de recursos para ofertar a músicos que não tenham o TAL VALOR DE MERCADO a título de incentivo.
Ao sair do palco foi abordado por alguns dos diretores da UNE que disseram que não gostaram de sua fala, dizendo que quem dá as diretrizes da organização é própria direção da UNE e que não comungam com PALPITEIROS. Nelsinho lamentou a posição da UNE, mas deixou claro sua indignação. Ao se dirigir ao camarim do palco principal junto com seu técnico de som Thiago Rosa, onde pretendia dar um abraço em Alceu Valença Nelsinho Moralle foi abordado por seguranças que veio retirá-lo do espaço e quando ele disse que tinha credencial para permanecer no espaço alguns dos diretores da UNE presentes disseram 'TIREM ELES DAQUI NEM QUE SEJA PRECISO USAR DE REFORÇO POLICIAL! Isso mesmo A UNE PEDINDO REFORÇO POLICIAL enfim Nelsinho Moralle e Thiago Rosa saíram, pois não queriam confusão, mas fica o nosso repúdio a esse episódio LAMENTÁVEL PROTAGONIZADO PELA DIREÇÃO ATUAL DA UNE.

Assinam a nota
ASSOCIAÇÃO DOS REMANESCENTES DO QUILOMBO DO CARMO
FRENTE NACIONAL EM DEFESA DOS TERRITÓRIOS QUILOMBOLAS
VIA CAMPESINA FRANCESA
ASSOCIAÇÃO DE MULHERES MUÇULMANAS DO BRASIL
WALESKA VILTAL - REPÓRTERES SEM FRONTEIRAS

Fonte: https://www.facebook.com/criolo.oficial/posts/386391634874454