Nas
palafitas do recife,
No sertão sem mundo
entre casas de pau-a-pique
e sonhos secos.
Noticias de muito longe,
chegam a galope,
rasgando o véu daquela quarta
feira qualquer.
O coroné morreu, o coroné morreu, o coroné morreu
Queria ser grande, dizia uns
Voar alto, falava-se pelas ruas do sul
O coroné morreu,
O coroné morreu,
O coroné morreu,
Entre becos e vielas,
nas masmorras do abandono,
onde coroné não era
mais que um nome.
O que era tido por gentalha
não mais se amedrontou.
Queremos comer.
Queremos comer,
queremos comer.
E naquela noite,
e pela madrugada a dentro,
servido sem mesa,
comido com
as mãos...
Todos queriam um pedaço.
Todos querem provar churrasco,
carne queimada do garçom da burguesia.
T.Almeida
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
terça-feira, 5 de agosto de 2014
MEUS OLHOS SÃO PEQUENOS PARA VER
Meus olhos são pequenos para ver
Os dedos torcidos e as
mãos espalmadas
Da criança palestina
que se erguem
Em busca de proteção
Meus olhos são
pequenos para ver
A lágrima ácida da
mãe que se afoga
Em soluços mudos,
arrasada
Com seu filho-
invúlocro nos braços
Meus olhos são
pequenos para ver
O Ipod do soldado
sionista
Que toca sem parar a
mesma canção
Tiro após tiro, morte
após morte
Meus olhos são
pequenos para ver
A língua do porta-voz
eugenista
Que brilha sombria
Coberta de mentiras
Meus olhos são
pequenos para ver
Os pequenos sapatinhos
Que nunca mais irão
calçar ninguém
Pequenas lápides de
borracha e couro
Daniel Oliveira
Dedicado a CDA
Agosto/2014
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
PODER POPULAR: CANÇÃO AO PODER POPULAR
Como pode ser um novo dia
Se a vida outra vez judia
Sou o grito de uma voz calada
Sou história que já foi contada
Eu queria sonhar mais prazer
Quem sou eu para poder querer?
Eu queria poder viver
Eu queria poder querer
A gente pode poder querer
É só a gente se entender
O povo forte é povo unido
Pelo povo no poder
A gente pode poder criar
É só a gente se juntar
O povo forte é povo unido
Pelo Poder Popular
Diz aí como é que pode
Me matar de trabalhar
Meu suor é só moeda
Pro patrão poder gastar
Tô cansado disso tudo
Tô cansado de sofrer
Eu quero que tudo melhore
E chegue o dia que eu possa querer
REFRÃO
Mas um dia, vai chegar o dia
Que a gente vai criar coragem
Que a gente vai sentir vontade
Que o sonho acorde pra realidade
Pra gozar felicidade
Sem tempo e sem medo pra amar
Crer que juntos nós podemos ser
Bem mais que um ser
A gente pode querer
REFRÃO
Vem professor,
Vem diarista e bancário
Junto com rodoviário
Petroleiro e agricultor
Garis, pedreiros,
Artistas e operários
Junto com os metroviários
Tudo que é trabalhador!
Rua ocupada
Todo mundo lado a lado,
Tudo junto e misturado
Juntos não tememos nada!
Tem coerência?
Um ser viver na penitência?
Vou fazer chegar o dia
Em que os trabalhadores
Vão perder a paciência
REFRÃO
Aperta 2
Aperta 1
Confirma 21
Compositores: Bil-Rait “Buchecha”, Rafa Moraes, André Vieira, Alexandre Magno e Mauro Iasi
É só a gente se entender
O povo forte é povo unido
Pelo povo no poder
A gente pode poder criar
É só a gente se juntar
O povo forte é povo unido
Pelo Poder Popular
Diz aí como é que pode
Me matar de trabalhar
Meu suor é só moeda
Pro patrão poder gastar
Tô cansado disso tudo
Tô cansado de sofrer
Eu quero que tudo melhore
E chegue o dia que eu possa querer
REFRÃO
Mas um dia, vai chegar o dia
Que a gente vai criar coragem
Que a gente vai sentir vontade
Que o sonho acorde pra realidade
Pra gozar felicidade
Sem tempo e sem medo pra amar
Crer que juntos nós podemos ser
Bem mais que um ser
A gente pode querer
REFRÃO
Vem professor,
Vem diarista e bancário
Junto com rodoviário
Petroleiro e agricultor
Garis, pedreiros,
Artistas e operários
Junto com os metroviários
Tudo que é trabalhador!
Rua ocupada
Todo mundo lado a lado,
Tudo junto e misturado
Juntos não tememos nada!
Tem coerência?
Um ser viver na penitência?
Vou fazer chegar o dia
Em que os trabalhadores
Vão perder a paciência
REFRÃO
Aperta 2
Aperta 1
Confirma 21
Compositores: Bil-Rait “Buchecha”, Rafa Moraes, André Vieira, Alexandre Magno e Mauro Iasi
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