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quarta-feira, 29 de junho de 2011

EGITO

No fim da tarde de janeiro
o sol esconde-se, ligeiro.
Poente antecipado,
nuvens de concreto armado.
Em suave degradée,
o rosa do oeste ao norte se vê.

Em outro norte, também do sul,
o mosaico de fumaça
não respeita coordenadas geográficas.
Jovens vozes, aos gritos,
fazem-se ouvir no Egito.
Clamam e bradam, povo,
para, pelo e apesar do globo.


Daniela Versieux  (escrita em janeiro de 2011)

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