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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Um Poema


O meu corpo é território ibérico
Há em meu interior, pequenos cavaleiros e escudeiros,
Mouros, castelhanos, asturianos, catalães.
Gente pequena guerreia dentro de mim.

Sinto as espadas ferindo uns aos outros,
Micro espadas dilaceram o meu coração,
Meu fígado,
Meus pulmões.
Cavalinhos galopam com força pelo meu ventre.
Ah! Dor.
Astúrias, Angústia.

O que é este mistério?
Fundamentos marciais de séculos passados.
Fecho os meus olhos e consigo ver a cor púrpura,
O vermelho,sangue, carmim.
Amarrada, arrasada, aguardo o fim.
Inconsolável, espero o som fúnebre da guitarra,
Andaluzia, Granada.

Nana Krishna Andrade

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