É apelo, é unido..
É urgente.. é preciso..
Criar o poder popular!
Tocam exército e polícia militar
as canções da ordem burguesa
Longe dos ricos condomínios
Atuam como grupos de extermínio
Porque“país rico é país sem pobreza”
Escondem rápido a sujeira que restar
Clínica, cela, delegacia, corró..
Guerra declarada, morte, pancada,
É só pobre sofrendo nas mãos
Desses cães viciados em pó
É a hora, é agora..
É apelo, é unido..
É urgente.. é preciso..
Criar o poder popular!
Existe mais guerra na paz do pobre
Do que se pode imaginar gritar
Segura a mão do senhor torturador
Esse corpo tão calejado de dor
Não suporta mais apanhar
É a hora, é agora..
É apelo, é unido..
É urgente.. é preciso..
Criar o poder popular!
Os anos trouxeram-nos coragem
em doses amargas... malandragem
Tudo pode ser pior do que é
para quem é pobre e anda a pé
Barraco de aluguel
Condução lotada
O silêncio da noite
interrompido
pela criança baleada
É a hora,é agora..
É apelo, é unido..
É urgente.. é preciso..
Criar o poder popular!
O silêncio é mortal
Para aqueles que temem a mira,
Mas a mãe noite marginal
Deita seu imenso corpo
sobre o corpo da cria
Grito ao infinito grito
Solto, solitário,
Choro incendiário
É a hora, é agora..
É apelo, é unido..
É urgente.. é preciso..
Criar o poder popular!
Aqui, todo bandido é organizado e armado
defendem a propriedade com corpo baleado
Trabalhador pobre sem partido, sem vintém
Não ousa conspirar, grita por paz
E pede para os iguais se desarmar... Amém
Sem legítima defesa,teme pelo que não tem
O que falta para a gente se organizar?
É a hora, é agora..
É apelo, é unido..
É urgente.. é preciso..
Criar o poder popular!
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