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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

É noite, tudo se sabe! II

À noite é que me dispo
De duras verdades
E de mentiras palatáveis.

À noite, a realidade crua
grita aos meus olhos
E no espaço vazio da minha cama
a solidão é quem arde!

Lençóis, fronhas, coberta e travesseiros
Testemunham que enquanto um ciclo se fecha,
Nem sempre outro se ciclo se abre.

Que a vida individual não faz sentido,
como não faz sentido a dor
que em meu peito individual agora bate!

Por isso que à noite eu não durmo,
eu só me consumo,
e em algum momento
vou desistindo...

Rijo,
Brusco e
Tenso,

Mas mesmo assim, suave!


Wagner Farias 

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