Páginas

sexta-feira, 7 de março de 2014

Fantástico, Favela, Ideologia e Alienação


Em reportagem no domingo dia 23 de fevereiro de 2014, o programa fantástico da TV Globo falou sobre a nova classe média brasileira como meio de integração a capitalismo brasileiro onde reportagens como estas procuram convencer a opinião pública que existe uma paz social nas comunidades pobres como: favelas, bairros proletários e periferias onde residem pessoas de baixa renda.
Reportagens como estas não novidades! Com estas reportagens estão buscando convencer os mais pobres a aceitar passivamente as injustiças do sistema capitalista e a ausência de serviços públicos por parte do Estado burguês que quando aparece nestas comunidades é através da presença do agente de repressão representado pelas polícias quando invadem estas comunidades. O que estas reportagens escondem e não mostra é que vivemos em uma sociedades que existe uma segregação social, onde os ditos moradores oriundos das favelas e áreas proletárias não são bem vindos nas areias da praias frequentadas pelas camada mais privilegiadas isto ocorre nas praias de São Paulo, Rio de janeiro e outras regiões. Como reflexo disso acontecem as divisões, os conflitos, os arrastões e os rolezinhos.
Programas e reportagens como: Fantástico, Domingo Legal, Caldeirão do Huck e outros, procuram manipular e estigmatizar os mais pobres onde se aproveitam das necessidades e desespero das pessoas usando as migalhas do capitalismo, como: Dar uma passagem para um nordestino que mora em São Paulo visitar o Nordeste, liberar recursos para a reforma de uma casa, reforma de automóvel velho e etc. O que estes programas não explicam é que as pessoas se encontram nesta situação por culpa do capitalismo. Todos esses programas buscam desviar as massas de uma possível tomada de consciência dos problemas e da falta de infra-estrutura em comunidades de baixa renda, historicamente gerada pela forma de organização da sociedade capitalista.
Além de todo aparato ideológico nas mãos, certos programas de TV como o “Esquenta” na Rede Globo se utiliza de prestígio e popularidade de artistas que não buscam remar contra a ordem estabelecida fazendo o papel de apenas vendedor de mercadoria se mediocrizando e aceitando fazer o papel de idiota perante as câmeras. Hoje as obras de artes e as manifestações culturais não são para refletir elas buscam apenas entreter e diluir os problemas sociais cotidianos vividos pelas massas trabalhadoras.
Músicas como o “Rap da Felicidade”, as músicas de funk que fazem apologia ao crime não tem nada de revolucionário. Estes tipos de manifestações buscam apenas confinar os mais pobres ao consumismo alienado, a naturalização dos problemas fazendo com que todos procurem se adaptar a ordem burguesa confinado em seu próprio lugar para não incomodar o sono da burguesia declarando guerra ao capitalismo.
Artistas, músicos, entidades como: A Cufa, Afroregee se somam aos aparatos ideológicos da burguesia para promover a alienação e a despolitização dos problemas gerados pelo capitalismo. É claro que não devemos descriminar os gêneros populares como o que todos convencionaram chamar de Funk, porém “Popular não é popularesco”, devemos manter em alerta nosso senso crítico para entender que à por parte da indústria cultural um processo de empobrecimento das manifestações artísticas e culturais para superar este impasse. devemos lutar pela democratização do acesso a cultura criando condições para que as grandes massas possam ter acesso a uma ampla política cultural voltada as reais necessidades espirituais das amplas massas populares, onde a cultura possa levar as massas a refletir sobre a realidade em que vive.
Ao contrário do que pensam certos programas ninguém nasceu para viver amontoado como tentam nos convencer os programas alienantes das redes de televisão a serviço da burguesia, devemos lutar para que o poder público ao invés de dar recursos públicos para grandes empresários passe a investir em políticas habitacionais para que possa retirar as pessoas das áreas de riscos para que eles possam morar com dignidade em cidades e bairros com infla-estrutura onde todos possam ser feliz, onde os trabalhadores através do “Poder Popular” possa construir estas cidades organizada segundo seus interesses em oposição a ordem capitalista.
Que no lugar deste País há de nascer um Brasil Socialista
José Renato André Rodrigues
Professor de Filosofia
Comitê Central do PCB

Nenhum comentário:

Postar um comentário