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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

ANGYE GAONA - BARCA VIVA

Solta as amarras, alma mnha
leva as velas que é difícil partir.

Não subiremos carga alguma.
Só o nome e não deve pesar.

Não repares no que fica,
será só estrago na corrente.

Zarparemos agora
pois, se não é assim, então quando?
Esta é a aurora única.

E, se o céu quiser,
que o vento nos seja esquivo.

Será somente, então,
o sopro do coração
para alcançar a ferida a traspassar,
a que fagulha adiante.

Não temas,
não queima.

Somos uma barca viva
que nasce da própria propulsão
como as águas.

Tradução Daniel Oliveira

***

Angye Gaona. Bucaramanga, Colômbia, 1980. Pertenceu ao comitê organizador do Festival Internacional de Poesia de Medellín. No ano de 2001, coordenou a Exposição Internacional de Poesia Experimental, realizada no marco do XI Festival Internacional de Poesia de Medellín. Os poemas aqui apresentados pertencem ao livro NACIMIENTO VOLÁTIL (Nascimento Volátil), recentemente publicado.

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