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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

RUBÉN DARÍO - MARGARIDA

Lembras-te que querias ser uma Margarida
Gautier? Fixo em minha alma teu raro rosto está,
de quando ceamos juntos, na primeira surtida,
em uma noite alegre que nunca voltará!

Teus lábios escarlates de púrpura maldita
sorviam o champanha do fino baccarat;
teus dedos desfolhavam a branca margarida:
“Sim... não... sim... não...” – sabias que te adorava já!

Depois, flor de Histeria! tu choravas e rias;
teus beijos, tuas lágrimas minha boca provou;
tuas risadas, queixas, fragrâncias, possuí-as.

E numa tarde triste dos mais ditosos dias
a Morte, a ciumenta, por ver se me querias,
como a uma margarida de amor te desfolhou!

Traduzidos por Anderson Braga Horta

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