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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Lamentos

Ao Observar o mar
naquela manhã de sábado
após aquelas infinitas horas
que não cumpriram sua tarefa de ser noite
senti algo diferente
era como se suas águas
suplicassem aos meus pés, implorando
e implorando
contando em lamentos
os horrores por ele, o mar, testemunhado
em todo o mundo, e vinha repetindo
Implorando e implorando
suas aguas já não mais lambiam minhas pernas, mas me batiam
não mais lamentavam, mas urravam
rios de arbitrariedade e opressão,
Intolerância, guerras, preconceitos desaguando
em suas águas
e o clamor em lamentos, em tristes lamentos do mar
já se tornava agressivo, me batia e tornava a bater
a cada nova onda
uma nova dor em um mar de agonias e angustias
e diante de tal
como se tornaram pequenas minhas lágrimas de amor




Heitor Cesar
Rio de Janeiro/Brasil

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