Páginas

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Líbia Verde - Poesia de Renato Queiroz Alves


O grito uníssono se propaga(nda) de forma múltipla
A reprodução múltipla do mascaramento do massacre
A grande rata precisa reproduzir sua existência
A ratazana de dentro se confunde com a ratazana de fora

Os papeis se invertem
Quem devia estar no esgoto
Sai por aí a matar e agredir

As ratazanas foram alimentadas
Com lixo e podridão
Glutonas ratazanas
Se tornaram reflexo apodrecido do que consomem
São lixo e podridão
Mas cresceram ao serem alimentadas
Com o lixo e a podridão que sai das tetas da ratona

Cresceram e se multiplicaram
E tomaram a casa
E mataram os donos
E chutaram o cachorro
E levaram embora o suprimento

Como se fossem presentes, regalos
Lindos presentes para a ratona
Pra ratona se fartar
Pra ratona se alimentar

Devorar a seiva criativa do ser
Eliminar o ser
Te se(r)parar do ser

E assim a ratona fica forte
Pra produzir em suas entranhas
O lixo e a podridão que sai das tetas da ratona
E alimentar as ratazanas de dentro
Que já são de fora também

E todo mundo gosta disso, enquanto vomita. 

Renato Queiroz Alves 
PCB/Guarulhos 

Nenhum comentário:

Postar um comentário